quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Poesia de Deusinha sobre entrega de certificados MIDEP

Neste dia 16 de janeiro de 2011 aconteceu a entrega de 61 certificados de conclusão de curso de informática básica na sede da AMPC. e Deusinha mais uma vez nos premiou com um de suas bonitas e sábias poesias. Veja.

Hoje é entrega de diplomas
Que grande satisfação
Hora de muita emoção
e realização profissional
Nesta data especial
Começo homenageando
A Fundação Banco do Brasil
Educadores E Educandos

Inicio informando
Os alunos em geral
Foram 61 que legal
Neste curso de informática
Com 5 turmas simpáticas
E educadores extraordinários
Caubi Torres, Ana Izadora
E o nosso professor Genário.

Os alunos que participaram
Alanna Brena, Carla Janiele
Eniésia Karisma, Doriédina Rochele
Bruna, Darlon, Joégna, João
Cleiton, Gilmária , Deusinha de Dão
Jakelane, Wilma, e Ciliane
Graça Da Silva Ferreira
Lucas, Daniela e Raiane.

Artur, Kaleb, Keiliane
Ítalo, Eduarda, Jamile, Marciano
Silvana, Totinha,Thamires, Geovano
Silvanete, Vanessa, Rafaela
Antonia Maria, Maria Graciela
Gilberto , Marcelo, Ismael
Íngride, Hiago e Izandalo
Guilherme, Neilson, Rafael.

Antônia Paiva, Ebbson, Alexuwel
Jéssica, Jessuíla, Eciélio, Beckman
Maurisa, Rayssa, Rita, Vanderlam
Sâmara, Giliarde, Patrícia, Feliciano
Aqui finalizo os alunos sem engano
Ana Izabela, Graça Torres que legal
Com o nome Antonio Urbano
Chego a reta final.

A Estação Digital Espaço Virtual
Me deixa Muito contente
Por ter recebido o Presente
De hoje recitar Pra Você
Não me canso de dizer
Esta estação é nota mil
Agradeço aos parceiros
E a Fundação Banco Do Brasil.

DEUSINHA. Poetisa Popular do Còrrego

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Erradicação da miséria, proposição ousada

PAUL SINGER

A erradicação da miséria exigirá tamanho empenho da sociedade e do governo que só a mobilização total de suas forças a tornará realidade

Não sei de qualquer governo nacional que tenha se proposto a erradicar a miséria de seu país em quatro anos de mandato. Ainda assim, nossa presidente Dilma Rousseff apresenta essa meta como a fundamental do seu governo.
Apesar de inédita, não lhe falta credibilidade, dado que o seu antecessor alcançou redução surpreendente da miséria em seus dois mandatos. Seja como for, a erradicação da miséria exigirá tal empenho da sociedade e do governo que só uma mobilização total de suas melhores forças a tornará realidade.

Miséria é pobreza tão extrema que suas vítimas frequentemente não sabem quando e nem de onde virá sua próxima refeição; moram ao relento, pois não têm trabalho e nem renda regular.
Vivem sujeitos ao acaso, como diz o povo, "ao Deus dará". Erradicar a miséria só pode significar transformar a vida dessas pessoas.

Não bastará lhes dar dinheiro para que possam adquirir ao menos o essencial à sobrevivência. Para que possam mudar de vida, será preciso que se convençam de que são capazes de se unir e juntos alcançar pelo trabalho padrões normais de vida.
A maioria dos muito pobres vive em comunidades situadas em bolsões de pobreza, e sua sobrevivência se deve em boa medida porque se ajudam mutuamente.
Esse é um instinto humano, que pode ser observado em ação em qualquer situação catastrófica: enchentes, terremotos ou incêndios.

A vida dos miseráveis é desastrosa: quase sempre correm perigo de perecer, do qual são salvos, às vezes, por uma mão amiga, que não raramente é a de outro miserável que o necessitado de hoje pode ter ajudado antes. Deixar a miséria pode representar, para a pessoa, abandonar uma normalidade cruel, mas à qual se acostumou, e se separar de companheiros de sina com os quais se sente protegido.

Para ele, a questão crucial pode ser: que alternativa de vida os que querem erradicar a miséria lhe oferecem? Possivelmente muitos dos que agora são miseráveis nem sempre o foram, mas por diversas circunstâncias perderam tudo.
Os que em consequência enlouqueceram ou ficaram dependentes de álcool ou drogas talvez não queiram voltar à vida que já tiveram, porque a perda dela lhes foi demasiado traumática.
Erradicar a miséria, do ponto de vista de seus beneficiários, é mudar profundamente suas vidas.

Para que aconteça, é indispensável que os seus beneficiários também sejam seus sujeitos, e não meros objetos; que eles possam optar por projetos que lhes exigirão empenho para conquistar um padrão normal de vida não apenas para si, mas possivelmente para uma família e uma prole.
Para tanto, será preciso que participem da elaboração dos novos projetos de vida e que recebam os recursos essenciais para realizá-lo.

Nos últimos sete anos, nós da Secretaria Nacional de Economia Solidária participamos diretamente de programas que permitiram ao governo Lula erradicar parte da miséria brasileira: o Fome Zero, a transformação de moradores de rua em recicladores de lixo organizados em cooperativas, de egressos de manicômios e penitenciárias em membros de cooperativas sociais, de trabalhadores sem terra em camponeses assentados, além de muitas outras comunidades socialmente excluídas.

Aprendemos que erradicar a pobreza é possível e, se assim o é, se torna eticamente necessário. E que serão os pobres que se redimirão, é claro que com o auxílio dos poderes públicos e dos movimentos sociais.

PAUL SINGER, 78, é secretário nacional de Economia Solidária do Ministério do Trabalho e Emprego. Foi secretário municipal do Planejamento de São Paulo (gestão Luiza Erundina).

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Audios de livros para deficientes visuais

Amigos, Ajudem a divulgar, é muito importante.

AUDIOTECA SAL E LUZ - São áudios de 2.700 livros que podem ser enviados a deficientes visuais.

Divulgue, por favor! Eles não precisam de dinheiro, mas de DIVULGAÇÃO!!!

Procure o site: http://www.audioteca.org.br/catalogo.htm e veja os nomes dos livros falados disponiveis.

Caros amigos,
Venho por meio deste e-mail divulgar o trabalho maravilhoso que é realizado na Audioteca Sal e Luz e corre o risco de acabar. A Audioteca Sal e Luz é uma instituição filantrópica, sem fins lucrativos, que produz e empresta livros falados (audiolivros).

Mas o que seria isto?
São livros que alcançam cegos e deficientes visuais, (inclusive os com dificuldade de visão pela idade avançada) de forma totalmente gratuita.

Seu acervo conta com mais de 2.700 títulos que vão desde literatura em geral, passando por textos religiosos até textos e provas corrigidas voltadas para concursos públicos em geral. São emprestados sob a forma de fita K7, CD ou MP3.

E agora, você está se perguntando: O que eu tenho a ver com isso? É simples. Nos ajude divulgando. Se você conhece algum cego ou deficiente visual, fale do nosso trabalho. DIVULGUE!

Para ter acesso ao nosso acervo, basta se associar na nossa sede,
que fica situada à Rua Primeiro de Março, 125- Centro. RJ. Não precisa ser morador do Rio de Janeiro.

A outra opção, foi uma alternativa que se criou face a dificuldade de locomoção dos deficientes na nossa cidade. Eles podem solicitar o livro pelo telefone, escolhendo o título pelo site, e enviaremos gratuitamente pelos Correios.

A nossa maior preocupação reside no fato que, apesar do governo estar ajudando imensamente, é preciso apresentar resultados. Precisamos atingir um número significativo de associados, que realmente contemplem o trabalho, se não ele irá se extinguir e os deficientes não poderão desfrutar da magia da leitura. Só quem tem o prazer na leitura, sabe dizer que é impossível imaginar o mundo sem os livros...

Ajudem-nos, Divulguem!
Atenciosamente,

Christiane Blume - Audioteca Sal e Luz
Rua Primeiro de Março, 125- 7. Andar
Centro- RJ. CEP 20010-000
Fone:  (21) 2233-8007  (21) 2233-8007

Horário de atendimento: 08 às 16 horas
http://audioteca.org.br/noticias.htm

INSISTINDO: eles não precisam de dinheiro, mas de DIVULGAÇÃO!!!
Muito obrigada.

Convite planejamento da COOPAPI de 25 a 27/01/11

Vimos por meio deste convidar V.Srª., para participar do Planejamento anual da COOPAPI que realizar-se-á nos dias 25 a 27 de Janeiro de 2011 no auditório da Associação de Córrego, às 9:00 h.

Pleiteamos na oportunidade construir coletivamente a pauta de ações da COOPAPI no ano de 2011

Certo de contarmos com sua participação, aproveitamos a oportunidade para apresentar nossos protestos de estima e elevada consideração.

Apodi /RN, 17 de janeiro de 2011.

Atenciosamente,

Fátima Tôrres

Presidente

domingo, 16 de janeiro de 2011

Veja ao vivo entrega de certificados no Córrego

Atenção web-leitores. Daqui há pouco teremos na sede da AMPC no Sítio Córrego, a partir das 9:00 h, a entrega de 61 certificados de concusão de curso de informática básica da Estação Digital Espaço Virtual. Você va poder ver as imagens ao vivo clicando neste link

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

O início da Apicultura no Brasil

111O engenheiro agrônomo, geneticista e biólogo Warwick Kerr é considerado o maior especialista em genética de abelhas do mundo.

A apicultura, criação racional das abelhas Apis mellifera, é uma atividade que propicia ganhos econômicos e contribui para a manutenção e preservação do meio ambiente. Essa espécie de abelha é originária da Europa, ásia e África e pode ser encontrada nas savanas, florestas tropicais, desertos, regiões litorâneas e montanhosas. A grande variedade de clima e vegetação do habitat original da espécie contribuiu para a evolução de diversas subespécies ou raças de abelhas A. mellifera, com diferentes características e adaptadas a diversas condições ambientais.

No Brasil, as primeiras colônias de A. mellifera foram introduzidas a partir de 1840, oriundas da Espanha, Portugal, Alemanha e Itália. As primeiras subespécies criadas no País foram: A. mellifera mellifera (abelha preta ou alemã), A. mellifera carnica, A. mellifera caucasica e A. mellifera ligustica (abelhas italianas). Naquele tempo, a apicultura era uma atividade rústica e o objetivo principal da maioria dos produtores era atender às próprias necessidades de consumo.

Em 1950, a apicultura brasileira sofreu grandes perdas em função do surgimento de doenças e pragas. Estima-se que 80% das colônias tenham sido dizimadas, gerando queda drástica na produção. Com o objetivo de aumentar a resistência às doenças das abelhas no País, em 1956 o professor Warwick Estevam Kerr, com apoio do Ministério da Agricultura, dirigiu-se à África para selecionar colônias de abelhas africanas A. mellifera scutellata que fossem produtivas e resistentes a doenças. As rainhas foram introduzidas no apiário experimental de Rio Claro, Brasil, para serem testadas e comparadas com as abelhas italianas e pretas. Entretanto, um incidente contribuiu para que 26 colônias de abelhas africanas enxameassem 45 dias após a introdução.

As abelhas africanas encontraram no Brasil condições de clima e vegetação excelentes para se propagarem e cruzarem com as abelhas européias, que haviam sido introduzidas anteriormente. Assim, a liberação dessas abelhas muito produtivas, porém muito agressivas, criou um novo híbrido, as abelhas africanizadas.

A agressividade na competição por alimento, grande capacidade de enxameação e a facilidade de adaptação a diversos climas e ambientes, possibilitaram a expansão da abelha africanizada por todo o Brasil e diversos países do continente americano. Pesquisas realizadas por professores da Universidade de São Paulo (USP) indicam que a velocidade de dispersão desse inseto é de 320 Km/ano.

O comportamento defensivo, entretanto, gerou dificuldades para o Brasil. Os problemas ocasionados pelos ataques das abelhas seguidos de mortes de pessoas e animais chegaram aos noticiários internacionais. As "abelhas assassinas" ou "abelhas brasileiras", como ficaram conhecidas, geraram verdadeiro pavor por todo o mundo e passaram a ser tratadas como praga. Diversos países do continente Americano tentaram, inutilmente, criar barreiras que impedissem o avanço das abelhas africanizadas.

Apesar desses problemas iniciais, as abelhas africanizadas forçaram a  modernização da apicultura no Brasil. O investimento em pesquisas, criação e adaptação de tecnologias e capacitação auxiliaram na melhoria e profissionalização da atividade. O Brasil é atualmente exportador de mel, cera e própolis e a maior resistência das abelhas africanizadas às pragas e doenças permite que a atividade seja conduzida sem aplicação de medicamentos, facilitando a produção de mel orgânico. Embora a africanização das abelhas ainda encontre alguma resistência por parte de apicultores, não há como negar os benefícios que o incidente ocorrido há pouco mais de 50 anos trouxe para a atividade apícola brasileira.

AUTORIA
Fábia de Mello Pereira
Maria Teresa do Rêgo Lopes
Pesquisadoras da Embrapa Meio-Norte
E-mails: fabia@cpamn.embrapa.br e mteresa@cpamn.embrapa.br

PAIS implanta 361 unidades no RN.

pais

O programa de Produção Agroecológica Integrada e Sustentável (Pais) vai encerrar o ano com 361 unidades implantadas no Rio Grande do Norte. A parceria entre o Sebrae, a Fundação Banco do Brasil e o Ministério de Integração Nacional permite capacitar agricultores para atuar no gerenciamento administrativo de suas propriedades.
Além de formar empreendedores rurais, o trabalho também incentiva a produção sem uso de agrotóxicos e disponibiliza assistência técnica e consultoria para os produtores. Segundo informações do Sebrae, o programa ainda proporciona a comercialização dos gêneros cultivados, garantindo uma renda extra para as famílias do meio rural, por meio da participação em feiras agroecológicas nos municípios contemplados ou intermediando a venda de produtos para programas do governo estadual.
A partir de 2011, o Pais irá cadastrar novos produtores rurais para integrar a rede de benefícios. Atualmente, as unidades estão implantadas em municípios das regiões de Mossoró, Mato Grande, Assu e Metropolitana de Natal. Para integrar o programa, o produtor deve se incluir em uma das categorias: agricultores de baixa renda, assentados em projetos de reforma agrária, produtores de áreas remanescentes de quilombos e participantes de programas sociais do governo federal.

Alternativas

O assentamento de Caracaxá foi um dos primeiros a receber o Pais e agora colhe os frutos do programa. Ao todo, 60 famílias que tinham na cajucultura sua principal fonte de recursos foram contempladas. Com o declínio da produção, os agricultores ficaram sem opção e receberam as sementes do programa que surgiram como alternativa de plantio.
Os consultores encontraram na área as condições favoráveis e hoje dezenas de famílias obtêm renda com a venda de couve, hortelã, beterraba, rabanete, tomate, pimentão e outros legumes, cultivados artesanalmente sem aditivos químicos.
O formato da roça é circular, com espaço no centro para criação de galinhas. A estrutura é cercada pelo plantio de culturas variadas, que diversificam a produção. Parte dela vai parar na merenda escolar da rede municipal devido ao programa Compra Direta. O mesmo acontece outras unidades instaladas em diversos municípios potiguares.

Operacionalização

Na parceria de estruturação do programa, o Banco do Brasil fornece kits com os recursos técnicos para que seja montada a instalação na propriedade. O Sebrae realiza aulas de capacitação teóricas e práticas esclarecendo quais as vantagens de utilizar a produção agroecológica de como aplicá-la.
O convite ao modelo de produção busca estimular a agricultura orgânica por meio do processo produtivo sem o uso de agrotóxicos, reduzir a dependência de insumos vindos de fora da propriedade e apoiar o correto manejo dos recursos naturais. Além de incentivar a diversificação da produção e evitar o desperdício de alimento, água, energia e tempo do produtor.

Matéria enviada por Cìcero Figueiredo

domingo, 2 de janeiro de 2011

Discurso de Dilma Rousseff à nação brasileira

Palácio do Planalto, 1º de janeiro de 2011

Queridas brasileiras, queridos brasileiros,

Eu e o nosso vice-presidente, Michel Temer, e sua senhora, Marcela, estamos aqui assumindo a Presidência e a Vice-Presidência do Brasil.

Eu estou feliz, como raras vezes estive na minha vida, pela oportunidade que a história me deu de ser a primeira mulher a governar o Brasil. Mas eu estou muito emocionada pelo encerramento do mandato do maior líder popular que este país já teve. Ter a honra do seu apoio, ter o privilégio de sua convivência, ter aprendido com sua imensa sabedoria, são coisas que se guardam para a vida toda.

Conviver todos estes anos com o presidente Lula me deu a dimensão do governante justo e do líder apaixonado por seu país e por sua gente. A alegria que sinto pela minha posse como presidenta se mistura com a emoção da sua despedida. Mas Lula estará conosco. Sei que a distância de um cargo nada significa para um homem de tamanha grandeza e generosidade.

A tarefa de suceder o presidente Lula é desafiadora. Eu saberei honrar este legado e saberei consolidar e avançar nesta obra de transformação do Brasil. A vontade de mudança do nosso povo levou um operário à Presidência do Brasil. Seu esforço, sua dedicação e seu nome já estão gravados no coração do povo, o lugar mais sagrado da nossa nação.

Hoje o presidente Lula deixa o governo depois de oito anos, período em que liderou as mais importantes transformações na vida do país. A força dessas transformações permitiu que vocês, o povo brasileiro, tivessem uma nova ousadia: colocar, pela primeira vez, uma mulher na Presidência do Brasil.

Para além da minha pessoa, a valorização da mulher melhora nossa sociedade e valoriza a nossa democracia.

Quero, neste momento, prestar minha homenagem a outro grande brasileiro, incansável lutador, companheiro que esteve ao nosso lado, ao lado do presidente Lula nesses oito anos. Eu me refiro ao nosso querido vice-presidente José Alencar. Que exemplo de coragem e de amor à vida nos dá este grande homem! E que parceria Zé Alencar e Lula, Lula e Zé Alencar fizeram, pelo Brasil e pelo nosso povo!

Eu e Michel Temer nos sentimos responsáveis por seguir no caminho iniciado por eles. Aprendemos com eles que quando se governa pensando no interesse público e nos mais necessitados, uma imensa força brota do nosso país. Aprendemos que quando se governa amando o Brasil, preservando a sua soberania e desenvolvendo o nosso país para torná-lo do tamanho do sonho de cada brasileira e cada brasileiro, uma força imensa é mobilizada e todos nós avançamos juntos.

Reafirmo aqui outro compromisso: cuidarei com muito carinho dos mais frágeis e mais necessitados. Governarei para todos e todas as brasileiras.

Uma mulher, uma importante líder indiana disse um dia que não se pode trocar um aperto de mão com os punhos fechados. Pois eu digo: minhas mãos vão estar abertas e estendidas para todos, desde os nossos aliados de primeira hora até aqueles que não nos acompanharam neste processo eleitoral.

É com este espírito de união que eu assumo hoje o governo do meu país. Acredito e trabalharei para que estejamos todos unidos pelas mudanças necessárias na educação, na saúde, na segurança e, sobretudo, na luta para acabar com a pobreza, com a miséria.

Não peço a ninguém que abdique de suas convicções. Buscarei o apoio, respeitarei a crítica. É o embate civilizado entre as ideias que move as grandes democracias como a nossa.

Não carrego, hoje, nenhum ressentimento nem nenhuma espécie de rancor. A minha geração veio para a política em busca da liberdade, num tempo de escuridão e medo. Pagamos o preço da nossa ousadia ajudando, entre outros, o país a chegar até aqui. Aos companheiros meus que tombaram nessa caminhada, minha comovida homenagem e minha eterna lembrança.

Queridas brasileiras e queridos brasileiros,

Já fizemos muito nos últimos oito anos, mas ainda há muito por fazer. E foi por acreditar que nós podemos fazer mais e melhor que o povo brasileiro nos trouxe até este momento.

Agora é hora de trabalho. Agora é hora de união. União de todos nós pela educação das crianças e dos jovens. União pela saúde de qualidade para todos. União pela segurança de nossas comunidades. União para o Brasil continuar crescendo, gerando empregos. União para o Brasil continuar crescendo, gerando empregos para as atuais e para as futuras gerações. União, enfim, para criar mais e melhores oportunidades para todos nós.

O meu sonho é o mesmo sonho de qualquer cidadão ou cidadã: o sonho de que uma mãe e um pai possam oferecer aos seus filhos oportunidades melhores do que a que eles tiveram em suas vidas.

Esse é o sonho que constrói um país, uma família, uma nação. Esse é o desafio que ergue um país.

Apresentei há pouco uma mensagem, com meus princípios e compromissos, no Congresso. Ali existem metas e objetivos, mas também existem sonhos.

Acho bom que seja assim. Para governar um país, um país continental do tamanho do Brasil, é também preciso ter sonhos. É preciso ter grandes sonhos e persegui-los.

Foi por não acreditar que havia o impossível que o presidente Lula fez tanto pelo país nesses últimos anos. Sonhar e perseguir os sonhos é exatamente romper o limite do possível.

Para consolidar e avançar as grandes conquistas recentes precisarei muito do apoio de todos vocês.

Quero pedir o apoio de todos, de Leste a Oeste, do Norte ao Sul do nosso país.

Vou estar ao lado dos que trabalham pelo bem do Brasil na solidão do Amazonas, nos rincões do Nordeste, na imensidão do cerrado, na vastidão dos pampas.

Se todos trabalharmos pelo Brasil, o Brasil nos devolverá em dobro o nosso esforço. O Brasil é uma terra generosa. Tudo que for plantado com mãos carinhosas e olhar para o futuro será colhido com abundância e alegria.

Que Deus abençoe o Brasil e o povo brasileiro.

Que todos nós juntos possamos construir um mundo de paz.

Eu quero, neste momento, dizer a vocês que eu darei todo o meu empenho, toda a minha dedicação para fazer com que as transformações que nós começamos nesses últimos oito anos continuem, prossigam e se expandam porque o povo brasileiro e o nosso país têm condições, hoje, de se transformar no maior e no melhor país para se viver.

Um abraço a todos, homens e mulheres do meu Brasil.

Dilma Rousseff