sábado, 29 de maio de 2010

Coopapi discute Certificação Orgânica com os Cooperados

Paulo Chacon - Consultor da Fundação Banco do Brasil, Mário Sérgio - Engenheiro Agrônimo e Reginaldo Câmara - Presidente da Associação dos Mini Produtores de Córrego - AMPC
Paulo Chacon (Fundação Banco do Brasil), mostrando os investimentos realizados e os previstos para a Comunidade do Córrego 
Professoras do Pró-Jovem Saberes da Terra e a Presidente da Coopapi Fátima Torres

Professores e alunos do Saberes da Terra

Associados da Cooperativa
Entrega do fardamento da Unidade de Beneficiamento da Castanha

A Cooperativa Potiguar de Apicultura e Desenvolvimento Rural Sustentável - COOPAPI reuniu-se com o Departamento da Castanha e seus Cooperados para apresentar a proposta de Certificação Orgânica. A reunião foi realizada na última quinta-feira, dia 27/05 na Escola Municipal Isabel Aurélia Tôrres na comunidade do Córrego em Apodi - RN.

O evento contou com a participação da Equipe de Diretores e Técnicos da Coopapi e dos parceiros como o SEBRAE, através do engenhiero agrônimo Mário Sérgio e da Fundação Banco do Brasil S/A, através do consultor Paulo Chacon.

Na oportunidade aconteceu uma palestra para os associados e alunos do curso Pró-Jovem Campo Saberes da Terra sobre a Certificação Orgânica. Logo após a palestra foram entregue os fardamentos da Unidade de Beneficiamento de Catanha.

terça-feira, 25 de maio de 2010

COOPAPI na formação sobre a UNISOL

O Secretário da COOPAPI professor Caubí Torres participou na semana passada de 17 a 21 de maio de 2010, das 9 às 18hs do curso de formação em Economia Solidária dos assessores técnicos da Unisol Brasil, para trabalhar nos projetos da entidade.

A formação aconteceu no Centro de Formação Celso Daniel em São Bernardo do Campo reúne técnicos de 12 estados do Brasil (Amapá, Acre, Amazonas, Ceará, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Alagoas, Bahia, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro e São Paulo)

Seu objetivo era habilitar a IV Turma do Projeto SEBRAE estreando também a I Formação dos Assessores Técnicos do Projeto Brasil Local da região sudeste em parceria com a SENAES/MTE (Secretaria Nacional de Economia Solidária/Ministério do Trabalho e Emprego).

Segundo Caubí a semana foi bastante proveitosa, pois discutiram assuntos referentes a empreendimentos de Economia Solidária, juntamente com representantes de outros estados brasileiros.
Equipe em frente a uma Cooperativa de reciclagem de lixo

Equipe na UNIFORJA (empresa restaurada)
Apresentação sobre a UNISOL feita por Mariana  (assessora da UNISOL)

MANEJO DE CAJUEIROS EVITA CORTE IRREGULAR DE LENHA


Luciana de Oliveira

A destruição de cajueiros improdutivos ou alvo de pragas pode ser evitada através do manejo correto da planta. Em muitos casos, produtores rurais sem a devida orientação desistem da espécie e aproveitam a lenha para fins comerciais - geralmente no período de entressafra, entre outubro e fevereiro - queimando o tronco restante, deixando de aproveitar as tecnologias agrícolas para recuperar a planta e de evitar um crime ambiental.

Em Lagoa Nova, município da Serra de Santana, no Seridó, a extração da lenha do cajueiro é uma preocupação dos extensionistas rurais da Emater. Diversas palestras em escolas e associações são realizadas no sentido de propagar as orientações de manejo. Os técnicos aproveitam para fazer um alerta sobre a desertificação, que cresce na região.

Segundo o extensionista e engenheiro agrônomo do escritório de Lagoa Nova, Genilson Pinheiro Borges, a principal dica para ser levada em prática pelos produtores, no caso de dos cajueiros improdutivos, é o enxerto de material genético. O município possui cerca de três mil pequenas propriedades, sendo que 90% delas, com área até 10 hectares, retiram o cajueiro para a venda da lenha.

A substituição da copa das árvores que se encontram muito próximas umas das outras também é indicada. Diminuindo a copa, o solo livre da sombra pode ser aproveitado para outras culturas agrícolas.

Segundo Genilson Pinheiro, para realizar o enxerto o tronco deve ser cortado, deixando-o com 40 centímetros de altura do solo, em forma de “bico de gaita”. O produtor passa cal e outros produtos no que sobra da planta para evitar a incidência de pragas. Noventa dias depois, são selecionados galhos de um cajueiro anão precoce. O material é enxertado na árvore antiga, que novamente volta a florescer.

“Esse trabalho começou em 2005 quando os cajueiros da Serra de Santana foram vitimados pela praga da mosca branca”, recordou Genilson Pinheiro. Boa parte dos cajueiros da região são usados para a obtenção de lenha, fato que aumentou em 2009. De dois caminhões por dia carregando 40 metros cúbicos de madeira, hoje são facilmente observados 15 caminhões saindo da região.

“Se continuar nesse ritmo, os cajueiros gigantes vão abastecer o pólo cerâmico em até no máximo seis anos”, adverte o extensionista. No município de Lagoa Nova, existem aproximadamente 500 mil dessas árvores e, na Serra de Santana, são estimados 16 mil hectares plantados com o cajueiro.

Fonte: EMATER

segunda-feira, 24 de maio de 2010

COOPAPI E ASSOCIAÇÃO DE BELA VISTA PARTICIPAM DE FEIRA NO RIO GRANDE DO SUL


Aconteceu de 13 a 16 de Maio em Porto Alegre - RS, a I - edição da Feira Brasil Rural Contemporâneo no RS, a COOPAPI e a Associação dos Agricultores Familiares de Bela Vista estiveram presentes expondo castanha e Arroz da terra, o evento ainda contou com a participação de empreendimentos dos demais estados da federação.

MOSCA DA FRUTA EM APODI


Um trabalho da Prefeitura do Apodi via Secretaria de Agricultura e Recursos Hídricos, juntamente com o Instituto de Defesa e Inspeção Agropecuária do Rio Grande do Norte (Idiarn), objetiva realizar no município de Apodi um monitoramento da Mosca da Fruta, um problema grave para a agricultura em geral em todo o Rio Grande do Norte.

O secretário de Agricultura de Apodi, Eron Costa, esteve acompanhando o técnico em Agropecuária do Idiarn, Neuton da Costa Meneses, que instalou em Apodi duas armadilhas de monitoramento da Mosca da Fruta (Anastrepha Grandis). Uma das armadilhas está sistematicamente localizada próxima à feira livre, um local propício ao aparecimento da mosca, já que é neste local que se tem um maior fluxo de frutas. Outro local escolhido pelo técnico foi em frente à Casa do Sertanejo, próximo aos armazéns de frutas. Ambos no centro da cidade.

Segundo o secretário Eron Costa, essa inspeção irá beneficiar também ao pequeno agricultor que não podia transportar sua produção devido o município ainda não ter a certificação. "Essa certificação era um sonho do agricultor familiar, que tinha sua produção prejudicada. Hoje eu me sinto feliz por Apodi estar avançando para o crescimento da agricultura, tanto familiar como a tradicional", afirmou Eron.

De acordo com o técnico do Idiarn, Neuton Costa, as coletas serão feitas a cada sete dias, e o resultado enviado para análise na Universidade Federal Rural do Semi-Árido (Ufersa) em Mossoró. Caso sejam negativos os laudos emitidos pela Universidade, Apodi será certificada como livre da Mosca da Fruta.

"As fiscalizações são intensas, as multas podem ser de alto custo, além de oprodutor ter seu produto confiscado e há casos onde a carga é incinerada,caso seja transportado algum desses produtos sem a certificação", afirma o técnico do Idiarn.

O secretário de Agricultura diz que essa certificação, "Apodi Livre da Mosca da Fruta", irá trazer benefícios inigualáveis ao projeto de irrigação da Chapada, que está prestes a ser iniciado.

O Idiarn é o órgão responsável pela inspeção e monitoramento do transporte animal e vegetal nas principais rodovias do Rio Grande do Norte, tem como sede regional a cidade de Mossoró, na Unidade Local de Saúde Animal e Vegetal (Ulsav).

FONTE: Kero agua

quinta-feira, 20 de maio de 2010

GOVERNO VAI LIBERAR R$16 BILHÕES PARA PLANO SAFRA DA AGRICULTURA FAMILIAR.


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou, no CCBB, em reunião com a direção da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura(Contag) que o governo federal vai liberar R$ 16 bilhões para o próximo Plano Safra 2010/2011. Lula disse que “a coisa mais sagrada foi estabelecer uma nova relação entre o governo e a sociedade. Se dirigindo a Contag ele disse também que “o governo percebeu que vocês existem e que vocês são a razão de ser deste governo”.

O presidente da Contag, Alberto Broch, agradeceu ao presidente Lula todas as conquistas desses últimos anos do movimento Grito da Terra Brasil O ministro do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel, destacou que as reivindicações continham 286 itens, mas dentro da pauta do MDA conseguimos avanços muito significativos como os R$ 16 bilhões que o governo federal vai liberar para o Plano Safra 2010/2011, a ampliação do limite do enquadramento do Pronaf que subiu de R$ 110 mil para R$ 220 mil com o rebate e a melhoria do Programa Mais Alimentos.

O ministro destacou ainda que a partir do próximo Plano Safra, 20% dos recursos do Programa de Garantia de Preços Mínimos(PGPM) irão para a agricultura familiar. Cassel estava acompanhado do presidente do Incra, Rolf Rackbart, do secretario executivo, Daniel Maia, do secretario da Agricultura Familiar, Adoniram Sanches Peraci, do secretario de Desenvolvimento Territorial, Humberto Oliveira e do secretario de Reordenamento Agrário, Adhemar Lopes de Almeida.

O movimento foi apresentado e debatido em 56 reuniões entre o governo federal e a direção da Contag. Dessas 56 reuniões, 18 contaram com a participação de ministros. As principais respostas às reivindicações do Grito da Terra são as seguintes:

Política Agrícola

1- Plano Safra 2010/2011 terá recursos de R$ 16 bilhões;

2- Política de Garantia de Preços Mínimos - PGPM para a Agricultura Familiar;

3- Programa Mais Alimentos – ampliação do limite de financiamento para R$ 130mil e criação de crédito coletivo de até R$ 500mil;

4- Ampliação do rebate da renda bruta anual do PRONAF de 30% para 50% para algumas atividades, por exemplo, arroz, bovinocultura de corte, feijão,milho, soja, trigo, permitindo que agricultores com renda de até R$ 220mil possam acessar o programa;

Pauta Agrária

1-Execução total dos R$ 480 milhões do OGU para obtenção de terra e envio de PL ao Congresso para suplementação de R$ 500 milhões;

2-Duplicação do limite de financiamento do crédito fundiário de R$ 40mil para R$ 80 mil e melhoria das condições de pagamento (prazos, carência e rebate);
Enviado por nosso correspondente: Joseraldo

SELEÇÃO DE PRÁTICAS INOVADORAS EM REVITALIZAÇÃO DE BACIAS HIDROGRÁFICAS NO BRASIL

O Ministério do Meio Ambiente PREMIARÁ práticas em revitalização de bacias hidrográficas desenvolvidas em todo território brasileiro por Municípios, Organizações Privadas, Organizações Não Governamentais e Institutos de Pesquisa. Para participar da seleção as instituições deverão inscrever experiências que possuam resultados mensuráveis e positivos em conservação e manejo de bacias hidrográficas.
As instituições que se interessarem poderão inscrever as experiências em um dos três temas da seleção: (I) Educação Ambiental; (II) Conservação e Recuperação de Solos, Água e Biodiversidade; (III) Turismo e Agricultura Sustentável.

Inscrições de 04 a 18 de maio de 2010.

Mais informações: www.cnrh.gov.br/chamada_drb

Dúvidas [WINDOWS-1252?]– Email: drb@mma.gov.br Telefone: (61) 2028-2044 (61) 2028-2044

sábado, 15 de maio de 2010

COOPAPI PARTICIPA DE ENCONTRO REGIONAL DE COMÉRCIO JUSTO E ECONÔMIA SOLIDÁRIA EM AREIA BRANCA




Aconteceu de 11 a 13 de Maio, no Hotel Costa Atlântico em Areia Branca/RN o encontro regional sobre comércio justo e economia solidaria, o evento foi promovido pela Cooperativa Sem Fronteiras e a CTA e contou com a participação de diversas entidades ligadas a Agricultura Familiar, na pauta das discussões se fizeram presentes assuntos como: Gestão em Cooperativas,cetificação de produtos da A. Familiar, experiências exitosas da COOPERCAJU e APISMEL, entre outras tematicas. 

sábado, 8 de maio de 2010

COOPAPI foi Graduada pela UFERSA nesta quinta feira em Mossoró.






Contando com 210 associados, a Cooperativa Potiguar de Apicultura e Desenvolvimento Rural Sustentável – COOPAPI, com sede em Apodi, é uma das três empresas graduadas pela Incubadora do Agronegócio de Mossoró – IAGRAM. A ex-incubada assume o status de empresa ao cumprir os critérios exigidos para a produção, conservação, divulgação e comercialização dos produtos.
Segundo a presidente da COOPAPI, Fátima de Lima Torres, a cooperativa foi fundada em 2004 com a proposta de capacitar os apicultores da região oeste do estado. Inicialmente, o trabalho era voltado para as técnicas de criação de abelhas e o controle da produção do mel.
“Tivemos um excelente resultado no aumento da produção, mas em contrapartida tínhamos problema para a comercialização do mel”, lembra a presidente Fátima Torres. A partir daí, a COOPAPI conhece a IAGRAM e se torna uma empresa incubada. “A grande lição que tivemos foi unir a prática que desenvolvíamos com o conhecimento teórico para enfrentar e acompanhar o mercado”, afirma.
Hoje, a COOPAPI tem em execução um plano de negócio até 2012. Outro resultado foi à criação de um sistema de controle interno de produtos. A cooperativa também adota o rastreamento da produção, possui catálogo dos produtos para divulgação e comercialização, inclusive, para exportação.
A Cooperativa também presta serviço de apoio de gestão e comercialização para outras dez associações da região oeste com uma vasta produção que vai de cosméticos a base de mel, artesanato a base da palha de carnaúba, tilápia, castanha, farinha de fubá, entre outros produtos fabricados na região.
Atualmente, a COOPAPI produz e comercializa mel de qualidade, utilizando a marca Mel Potiguar, em garrafas e saches, beneficiando cerca de 200 famílias de apicultores, com o diferencial de que o mel da Cooperativa é isento de contaminação por agrotóxicos. “É um mel extraído de néctar de flores de mata nativa”, revela Fátima Torres. Outros detalhes sobre o trabalho e os produtos produzidos pela Cooperativa Potiguar de Apicultura e Desenvolvimento Sustentável estão disponíveis no site: www.coopapi.com.br
Enviada por: Pró-Reitoria de Extensão e Cultura – UFERSA 

quinta-feira, 6 de maio de 2010

LULA, AS ELITES E O VIRA-LATAS



Artigo extenso, porém interessante!!!

É extremamente interessante que o brasileiro de maior destaque no mundo hoje seja um mestiço, nordestino, de origens paupérrimas e com déficit de educação formal. Para todos os segmentos das elites nacionais, nostálgicas de uma Europa que as rejeita, é como uma bofetada! E assim foi compreendida a lista do Time. Daí a resposta das elites: o silêncio!
Seguindo outros grandes meios de comunicação globais, a revista Time escolheu – na semana passada - o presidente Lula como o líder mais influente do mundo. A notícia repercutiu em todo o mundo, sendo matéria de primeira página, no jornalão El País.

Elite e preconceito

Na verdade a matéria o apontava como o homem mais influente do mundo, posto que nem só políticos fossem alinhados na larga lista composta pelo Time. Esta não é a primeira vez que Lula merece amplo destaque na imprensa mundial. Os jornais Le Monde, de Paris, e o El País, o mais importante meio de comunicação em língua espanhola (e muito atento aos temas latino-americanos) já haviam, na virada de 2009, destacado Lula como o “homem do ano”. O inédito desta feita, com a revista Time, foi fazer uma lista, incluindo aí homens de negócios, cientistas e artistas mundialmente conhecidos. Entre os quais está o brasileiro Luis Inácio da Silva, nascido pobre e humilde em Caetés, no interior de Pernambuco, em 1945, o presidente do Brasil aparece como o mais influente de todas as personalidades globais. Por si só, dado o ponto de partida da trajetória de Lula e as deficiências de formação notórias é um fato que merece toda a atenção. No Brasil a trajetória de Lula tornou-se um símbolo contra toda a forma de exclusão e um cabal desmentido aos preconceitos culturalistas que pouco se esforçam para disfarçar o preconceito social e de classe.

É extremamente interessante, inclusive para uma sociologia das elites nacionais, que o brasileiro de maior destaque no mundo hoje seja um mestiço, nordestino, de origens paupérrimas e com grande déficit de educação formal. Para todos os segmentos das elites nacionais, nostálgicas de uma Europa que as rejeita, é como uma bofetada! E assim foi compreendida a lista do Time. Daí a resposta das elites: o silêncio sepulcral!

Lula Líder Mundial

Desde 2007 a imprensa mundial, depois de colocá-lo ao lado de líderes cubanos e nicaraguenhos num pretenso “eixinho do mal”, teve que aceitar a importância da presença de Lula nas relações internacionais e reconhecer a existência de uma personalidade original, complexa e desprovida de complexos neocoloniais. Em 2008 a Newsweek, seguida pela Forbes, admitiam Lula como um personagem de alcance mundial. O conservador Financial Times declarava, em 2009, que Lula, “com charme e habilidade política” era um dos homens que haviam moldado a primeira década do século XXI. Suas ações, em prol da paz, das negociações e dos programas de combate à pobreza eram responsáveis pela melhor atenção dada, globalmente, aos pobres e desprovidos do mundo.

Mesmo no momento da invasão do Iraque, em busca das propaladas “armas de destruição em massa”, Lula havia proposto a continuidade das negociações e declarado que a guerra contra a fome era mais importante que sustentar o complexo industrial-militar norte-americano.

Em 2010, em meio a uma polêmica bastante desinformada no Brasil – quando alguns meios de comunicação nacionais ridicularizaram as propostas de negociação para a contínua crise no Oriente Médio – o jornal israelense Haaretz – um importante meio de comunicação marcado por sua independência – denominou Lula de “profeta da paz”, destacando sua insistência em buscar soluções negociadas para a paz. Enquanto isso, boa parte da mídia brasileira, fazendo eco à extrema-direita israelense, procurava diminuir o papel do Brasil na nova ordem mundial.

Lula, talvez mesmo sem saber, utilizando-se de sua habilidade política e de seu incrível sentido de negociações, repetia, nos mais graves dossiês internacionais, a máxima de Raymond Aron: a paz se negocia com inimigos. As exigências, descabidas e mal camufladas de recusa ás negociações, sempre baseadas em imposições, foram denunciadas pelo presidente brasileiro. Idéias pré-concebidas estabelecendo a necessidade de mudar regimes para se ter a paz ou usar as baionetas para garantir a democracia foram consideradas, como sempre, desculpas para novas guerras. Lula mostrou-se, em várias das mais espinhosas crises internacionais, um negociador permanente. Foi assim na crise do golpe de Estado na Venezuela em 2002 (quando ainda era candidato) e nas demais crises sul-americanas, como na Bolívia, com o Equador e como mediador em crises entre outros países.

Lula negociador

O mais surpreendente é que o reconhecimento internacional do presidente brasileiro não traz qualquer orgulho para a elite brasileira. Ao contrário. Lula foi ridicularizado por sua política no Oriente Médio. Enquanto isso o presidente de Israel, Shimon Perez ou o Grande-Rabino daquele país solicitavam o uso do livre trânsito do presidente para intervir junto ao irascível presidente do Irã. Dizia-se aqui que Lula ofendera Israel, enquanto o Haaretz o chamava de “profeta da paz” e a Knesset (o parlamento de Israel) o aplaudia em pé. No mesmo momento o Brasil assinava importantes acordos comerciais com Israel.

Ridicularizou-se ao extremo a atuação brasileira em Honduras, sem perceber a terrível porta que se abria com um golpe militar no continente. Lula teve a firmeza e a coragem, contra a opinião pública pessimamente informada, de dizer e que “... a época de se arrancar presidentes de pijama” do palácio do governo e expulsá-los do país pertencia, definitivamente, a noite dos tempos.

Honduras teve que arcar com o peso, e os prejuízos, de sustentar uma elite empedernida, que escrevera na constituição, após anos de domínio ditatorial, que as leis, o mundo e a vida não podem ser mudados. Nem mesmo através da expressa vontade do povo! E a elite brasileira preferiu ficar ao lado dos golpistas hondurenhos e aceitar um precedente tenebroso para todo o continente.

Brasil, país no mundo!

Também se ridicularizou a abertura das relações do Brasil com o conjunto do planeta. Em oito anos abriu-se mais de sessenta novas representações no exterior, tornando o Brasil um país global. Os nostálgicos do “circuito Helena Rubinstein” – relações privilegiadas com Nova York, Londres e Paris – choraram a “proletarização” de nossas relações. Com a crise econômica global – que desmentiu os credos fundamentalistas neoliberais – a expansão do Brasil pelo mundo, os novos acordos comerciais (ao lado de um mercado interno robusto) impediram o Brasil de cair de joelhos. Outros países, atrelados ao eixo norte-atlântico e aqueles que aceitaram uma “pequena Alca”, como o México, debatem-se no fundo de suas infelicidades. Lula foi ridicularizado quando falou em “marolhinha”. Em seguida o ex-poderoso e o ex-centro anti-povos chamado FMI, declarou as medidas do governo Lula como as mais acertadas no conjunto do arsenal anti-crise.

Mais uma vez silêncio das elites brasileiras!

Lula foi considerado fomentador da preguiça e da miséria ao ampliar, recriar, e expandir ações de redistribuição de renda no país. A miséria encolheu e mais de 91 milhões de brasileiros ascenderam para vivenciar novos patamares de dignidade social... A elite disse que era apoiar o vício da preguiça, ecoando, desta feita sabendo, as ofensas coloniais sobre “nativos” preguiçosos. Era a retro-alimentação do mito da “pereza ibérica”. Uma ajuda de meio salário, temporária, merece por parte da elite um bombardeio constante. A corrupção em larga escala, dez vezes mais cara e improdutiva ao país que o Bolsa Família, e da qual a elite nacional não é estranha, nunca foi alvo de tantos ataques.

A ONU acabou escolhendo o Programa Bolsa Família como símbolo mundial do resgate dos desfavorecidos. O ultra-conservador jornal britânico The Economist o considerou um modelo de ação para todos os países tocados pela pobreza e o Le Monde como ação modelar de inclusão social.

Mais uma vez a elite nacional manteve-se em silêncio!

Em suma, quando a influente revista, sem anúncios do governo brasileiro, Time escolhe Lula como o líder mais influente do mundo, a mídia brasileira “esquece” de noticiar. Nas páginas internas, tão encolhidas como um vira-lata em dia de chuva noticia-se que Lula “... está entre os 25 lideres mais influentes do mundo”. Errado! A lista colocava Lula como “o mais” influente do mundo.

Agora se espera o silêncio da elite brasileira!

Francisco Carlos Teixeira é professor Titular de História Moderna e Contemporânea da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

quarta-feira, 5 de maio de 2010

COOPAPI PARTICIPA DA III - FEIRA DE NEGÓCIOS DO MÉDIO OESTE


Aconteceu de 29/04 a 02/05/2010 a III - edição da Feira de Negocios do Médio Oeste, o referido evento aconteceu na cidade de Apodi e contou com expositores de varios municípios e todas as noites as stands receberam visitação intensa.

COOPAPI É PARCEIRA NA REALIZAÇÃO DO V - SEMINÁRIO APICOLA DA CHAPADA DO APODI


Aconteceu no ultimo dia 23/04 na sede do IFRN/Apodi a V edição do Seminario Apicola da Chapada do Apodi, que teve como tema "Apodi no Cenário Apicola Nacional" e tratou das seguintes tematicas:

• Pas-mel e mapeamento da flora apicola

• Serviço de inspeção federal - SIF

• Boas praticas e apicultura orgânica

• Tecnologia apicola

• Comportamento enxameatório e seu controle

• Cooperativismo

DESCULPAS PELA DEMORA NA ATUALIZAÇÃO

Queremos pedir desculpas aos leitores pela demora na atualização desse espaço, o fato é que tivemos um probleminha com nossa NET e isso nos impossibilitou de atualizar.
postaremos as materias atrasadas.