quarta-feira, 30 de março de 2011

Os modelos agrícolas em disputa


De acordo com informações do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para a Defesa Agrícola (Sindage), mais de um bilhão de litros de agrotóxicos foram jogados nas lavouras brasileiras na última safra. Dependendo do volume de vendas estimado em 2010 pela Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim), esse recorde pode ser superado. A entidade estima um crescimento de até 8%, em relação ao período anterior.

O Brasil está em primeiro lugar no ranking dos países que mais usam agrotóxicos no mundo. Para se ter uma ideia da dimensão, é como se cada brasileiro consumisse, ao longo do ano, cinco litros de veneno. A sociedade não tem conhecimento dos estudos que mostram as consequências do uso intensivo dos agrotóxicos no solo, na água, no ar e nos alimentos que consumimos e até mesmo das graves consequências na saúde da população.

O uso excessivo está relacionado à atual política agrícola do país, que foi adotada a partir da década de 1960, com a chamada Revolução Verde, que representou uma mudança tecnológica e química no modo de produção agrícola. Com isso, o campo passaria por uma modernização, com o aumento da produção de alimentos, com a mecanização do campo e o uso dos pacotes agroquímicos [adubos e venenos].

No entanto, esta transformação, na agricultura, padronizou a produção de alimentos, fortaleceu os latifúndios, concentrou as propriedades agrícolas – com a substituição da agricultura em que a produção de alimentos estava relacionada às necessidades locais –, incentivou as práticas dos monocultivos, uso de sementes hibridas e transgênicas. Estes elementos alimentam o agronegócio, como explica o integrante do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), Frei Sérgio Görgen.

“O agronegócio faz uma mecanização de grande porte, cujo impacto ambiental é muito grande, principalmente com o aumento da produtividade do trabalho das máquinas, que expulsam as pessoas dos seus postos de trabalho. Isto faz com que áreas enormes sejam devastadas por essas máquinas, que permitem cultivar grandes extensões de terra com monocultivos muito intensivos. Com isso o grande capital industrial, com usos de máquinas, implementos, venenos e fertilizantes, atrelado com o capital financeiro, que fornece o dinheiro, formam uma unidade com o latifúndio que prejudica o campo.”

Segundo a Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim), na última safra foram vendidos mais de 7 bilhões de dólares em defensivos agrícolas. O mercado de agrotóxicos se concentra nas mãos de seis grandes empresas transnacionais, que controlam mais de 80% do mercado dos venenos. São elas: Monsanto; Syngenta; Bayer; Dupont; DowAgrosciens e Basf.

O modelo do agronegócio provoca também a concentração do mercado de insumos. As empresas que fabricam os venenos são as mesmas que produzem as sementes resistentes a eles. Com isto, quando o produtor adquire a semente, obrigatoriamente terá que comprar o agrotóxico correspondente. Esse investimento coloca nas mãos das empresas transnacionais o controle das sementes, que são “viciadas” em insumos, como explica o pesquisador da Fiocruz, médico e professor da Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT), Wanderlei Antonio Pignati.

“As sementes das grandes indústrias são dependentes de agrotóxicos e fertilizantes químicos. As indústrias não fazem estudos para sementes livres destes produtos. Não criam sementes resistentes a várias pragas, sem a necessidade de agrotóxicos. Não fazem isto, porque são produtores de sementes e agrotóxicos. Criam sementes dependentes de agrotóxicos. E, com os transgênicos, a situação piora.”

Para o engenheiro agrônomo Horácio Martins, estas empresas criaram uma perigosa dependência, por meio do controle da forma como os produtos serão comercializados.

“Desde a semente até a colheita, a lavoura é dependente dos fertilizantes, agrotóxicos, hormônios e herbicidas que as sementes trazem como exigência para fecundarem. Estamos vivendo um momento dominado pelos “Impérios Setoriais.” São poucas as empresas, no mundo inteiro, que controlam o mercado dos agrotóxicos e fertilizantes. Com este controle, essas empresas dominam o “governo” do mundo, elas criam a necessidade das pessoas consumirem os produtos que eles produzem, oferecem o produto e definem a forma como ele será comercializado.”

Os governos fizeram uma opção pelo agronegócio que não permite a realização de um debate sobre as implicações do uso excessivo de agrotóxicos na saúde humana, no meio ambiente e que causam um sério risco sócio ambiental.

Por exemplo, no estado do Ceará, os agrotóxicos são isentos da cobrança de impostos como o ICMS, cobrança de IPI, de PIS/Pasep e de Cofins. Como há isenção de impostos, os custos sociais, ambientais e sanitários são pagos pela sociedade. Quem sofre com isso, segundo a professora da Universidade Federal do Ceará, Raquel Rigotto, é o agricultor, que trabalha diretamente com o veneno; e o consumidor, que se alimenta de produtos envenenados.

“Os trabalhadores do campo são os que mais estão expostos por mais tempo em suas jornadas de trabalho de até dez horas. Sem dúvida o agricultor é o segmento social mais atingido. O consumidor é atingido quando ingerir um alimento que, mesmo com pequenas concentrações, são produtos altamente tóxicos. Existem alimentos com até quinze tipos de substâncias. Os consumidores estão expostos ao que chamamos de efeitos crônicos, ou seja, irão sentir o efeito com o passar dos anos. O pior é que as perspectivas de reversão são bem pequenas. Há uma dessimetria de poder entre quem é atingido e quem gera o problema muito grande. Há uma produção de ocultamento, para que o problema não seja percebido por mais e mais pessoas. O tempo inteiro estão produzindo a invisibilidade dos problemas, das pessoas atingidas, dos impactos e até mesmo das soluções. É uma luta desigual e o prognóstico é sombrio.”

Para Frei Sérgio, a sociedade brasileira está passando por um processo de desinformação e uma alienação alimentar. Para ele, as mudanças só serão possíveis se houver uma consciência alimentar da população, que deve ser mais crítica com a questão da produção de alimentos no Brasil. Ele ainda afirma que é possível, apesar das dificuldades, fazer uma transição do atual sistema de produção para um modelo baseado na agroecologia e na agricultura camponesa.

“Não é uma coisa tão fácil, porque além de termos uma dependência tecnológica, temos uma dependência química das plantas e do solo para isso. Existem regiões em que há quatro gerações vêm-se usando estas tecnologias; por isso muitos agricultores nem sabem como era feito antigamente. Não é algo fácil de fazer, mas a transição é possível porque existe conhecimento técnico para isso, para que se produza sem veneno, ou com pouca quantidade dele. O exemplo é a agricultura camponesa e a agroecologia com suas histórias. Mas a transição, onde já está enraizado, vai ser lenta, sacrificada, pois significa recuperar a capacidade e a fertilidade natural do solo e a biodiversidade local para haver equilíbrio biológico na região.”

Nesse quadro, há uma disputa entre dois modelos agrícolas: o agronegócio e a pequena agricultura. Diante dos efeitos causados pela utilização dos agrotóxicos, é necessário que os produtores, juntamente com os consumidores, discutam qual o melhor modelo de produção agrícola para o país.

Reportagem: Danilo Augusto.
Março 2011.

quinta-feira, 24 de março de 2011

Fotos da assinatura dos convênios FBB/COOPAPI

Veja as fotos da assinatura dos convênios que irão dá maior eficácia e desempenho a toda a cadeia produtiva do caju. O evento aconteceu na quinta-feira dia 17 de março na sede da COOPAPI para a assinatura de três projetos com a Cooperativa, tendo como interveniente o Governo do Estado, através da Secretaria de Estado da Agricultura, da Pecuária e da Pesca - Sape, com recursos não reembolsáveis da Fundação Banco do Brasil.
Assinatura da governadora

Fátima Torres falando sobre os projetos

Equipe da estação digital junto a Governadora Rosalba Ciarline

Participantes do evento
Secretário Júnior Souza e a prefeita Gorete Silveira

Representante da Fundação Banco do Brasil

quinta-feira, 17 de março de 2011

COOPAPI assina convênios com a FBB

Daqui há pouco (16:30 h.) na sede da COOPAPI acontece a asinatura de convênios da Fundação Banco do Brasil - FBB e a COOPAPI com os projetos de Assistência Técnica, Criação de Cooperativas e Capital para Aquisição de matéria prima.  
Estarão presentes representantes das entidades parceiras do Projeto, além da Governadora do Estado do RIo Grande do Norte. Breve mais informações.  

quarta-feira, 16 de março de 2011

Cajucultura do RN seleciona técnicos agrícolas e agrônomo

Está acontecendo neste momento  processo de seleção de técnicos agrícolas e 01 agrônomo que irão atuar nos municípios de Assu, Campo Grande, Caraúbas, Apodi, Severiano Melo e Portalegre, no projeto de revitalização das mini fábricas de castanha de caju do Estado do Rio Grande do Norte, da Fundação Banco do Brasil e parceiros.

Os trabalhos de seleção foram iniciados às 9:00 horas da manhã no Auditório Padre Theodoro, que fica sede da Associação de Mini Produtores de Sítios Reunidos - AMPC, no Sítio Córrego. Participam desse processo 15 técnicos agrícolas e 05 agrônomos para ocupar seis vagas de técnicos agrícolas e uma vaga para agrônomo, para atuarem no Polo Oeste da Cajucultura do RN composto pelos municípios acima citados, no Projeto de Assistência Técnica da COOPAPI/FBB, que tem duração de um ano. Veja as fotos do processo seletivo.
Membros da mesa examinadora (presidentes das associações de agicultores.
Rosângela e Paulo Chacon - Consultor da FBB.
Candidatos participantes
Dinâmica de apresentação



Apresentação de trabalhos em grupos

domingo, 13 de março de 2011

Convite Solenidade Assinatura de Convênios da FBB COOPAPI

CONVITE

A Superintendência Estadual do Banco do Brasil, a Fundação Banco do Brasil, a COOPAPI e os parceiros Governo do Estado, Sebrae, Emparn e Conab atuantes no Programa Trabalho eCidadania - Construção e Revitalização das Minifábricas de Castanha de Caju, convidam V.Sa. para participar da solenidade de assinatura dos convênios de construção da Central de Comercialização, prestação de assistência técnica e formação de cooperativas, e criação de fundo rotativo para aquisição de matéria-prima, a acontecer conforme abaixo.
A solenidade contará com a presença de diversasautoridades, dentre elas, o Superintendente Estadual do Banco do Brasil, Sr.Sérgio Cordeiro, e a Governadora do Estado do Rio Grande do Norte, Exma. Sra. Rosalba Ciarlini.

Local: Apodi – RN / Sede da Coopapi
Data: 17/03/2011 (quinta-feira)
Horário de início: 16h30min (dezesseis horas e trinta minutos)


sexta-feira, 11 de março de 2011

Promoção Tudo de Apodi

Promoção do TudodeApodi.com

Mande sua matéria sobre as entidades e/ou personalidades apodienses para tudodeapodi@hotmail.com  e postaremos no site www.tudodeapodi.com e concorra a quantia de R$ 50,00 no dia 01 de maio de 2011. 
 Obs.: Cada matéria enviada e publicada vale um cupom. Quanto mais cupons mais chances de você ganhar o prêmio 

As matérias poderam sofrer alteração ortográfica pela equipe do site e serão divulgadas seu(sua) autor(a).

Aqui vai algumas sugestões das matérias ou biografias que você pode pesquisar, criar seu texto e enviar:
AAPOL - Alaíres Dias de Freitas
AAPOL - Altino Dias de Paiva
AAPOL - Antonio Rosemberg Pinheiro e Mota
AAPOL - Antonio Viana de Souza
AAPOL - Edivan Pinto
AAPOL –  Robson Lopes
AAPOL - Francisca Ferreira da Costa Maia
AAPOL - Francisca Francina Mota de Melo
AAPOL - Francisco Holanda Cavalcante
AAPOL - Francisco Janilson de Carvalho
AAPOL - Isa de Aceto Mota
AAPOL - José de Paiva Rebouças
AAPOL - Leyla Carla Dantas de Sena
AAPOL - Marcos Antonio Pinto
AAPOL - Marcos Leite de Souza
AAPOL - Maria Coeli Magno
AAPOL - Maria da Saúde de Souza e Silva
AAPOL - Maria de Lourdes da Silveira Bezerra
AAPOL - Maria do Socorro da Silveira Pinto
AAPOL - Maria do Socorro Morais
AAPOL - Maria Francisca Pinto Gomes e Araújo
AAPOL - Maria Ieda da Silva
AAPOL - Maria Necy Noronha e Souza
AAPOL - Maria Romana Leite
AAPOL - Maria Salomé de Oliveira Pinto
AAPOL - Nuremberg Ferreira de Souza
AAPOL - Pedro Neefs
AAPOL - Raimunda Nonata da Silva Rêgo
AAPOL - Raimundo Pereira
AAPOL - Raimundo Vieira de Souza
AAPOL - Rosa Ferreira Lima
AAPOL - Willian Lopes Guerra
Blogueiro - Deassis DebaixodoPano
Blogueiro - Leila Carla
Blogueiro - Wilson Oliveira
Cantor - Alexandre Avião
Cantor - Danilo Nickson
Cantor - Lacerda Viana
Cantor - Nilson Viana
Cantor - Roberto Cruz
Cantor - Wberlândio
Compositor - Tcharles
Entidades - ACDA
Entidades - Associação da Barra
Entidades - Associação do Sítio Juazeiro
Entidades - Associação do Urbano
Entidades - CDL
Entidades - COOAFAP
Entidades - CRICHAPAS - Queimadas
Entidades - Fórum de Entidades de Apodi
Entidades - Fundevap
Entidades - Grupo Amantes de São Francisco
Entidades - Grupo de Jovens Santo Antonio - GRUJOSA
Entidades - Grupo de Jovens São Geraldo - GRUJOSG
Entidades - Grupo Raios de Sol - Soledade
Entidades - PDA Santa Cruz
Entidades - Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Apodi
Colégio Luz Pequeno Príncipe
Colégio Nossa Senhora da Conceição
Escola Estadual Antonia Alves de Lima
Escola Estadual Ferreira Pinto
Escola Estadual Prof Antonio Dantas
Escola Estadual Professor Gerson Lopes
Escola Estadual Professora Alvani de Freitas Dias
Escola Estadual Professora Maria Zenilda Gama Torres
Escola Estadual Sebastiao Gomes de Oliveira
Escola Estadual Valdemiro Pedro Viana
Escola Municipal 12 de Outubro
Escola Municipal Francisco Alcivan Pinto
Escola Municipal Francisco Targino da Costa
Escola Municipal Isabel Aurelia Torres
Escola Municipal Professora Lindaura Silva
Escola Municipal Professora Lourdes Mota
ex Vereador - Bevenuto
ex Vereador - Geraldinho Targino
ex Vereador - Junior Sousa
ex Vereador - Laete Oliveira
ex Vereador - Luisinho de Dão
ex Vereador - Manoel Libânio
ex Vereador - Marcondes Marinho
ex Vereador - Nego de Tomaz
ex Vereador - Tiburcio Marinho
Locutor - Léo Viana
Modelo - Flávia Daniela
ex Prefeito - Helio Morais Marinho
ex Prefeito - Jose Pinheiro Bezerra
ex Prefeito - Simão Nogueira Neto
Professor -  Antonio Fernandes
Professor- Elmo
Professor - Jeone Morais
Professor - Professor Vêra
Professor - Professor Weliton
Professora -Tetê (arraiá do teretetê
Professora - Zenilda Gama
Vereador - Angelo
Vereador - Arnado Costa
Vereador - Chico de Marinete
Vereador - Genivan Varela
Vereador - Helio
Vereador - Junior Carlos
Vereador - Nilson Costa
Vereador - Paulo Telécio
Celiton Giordano
Fátima Nobre

Se tiver mais alguma pessoa que não está na lista acima fique a vontade para adicionar.  Afinal de contas o site pertence aos apodienses.  

Manda ver. Estamos aguardando.
Equipe Tudo de Apodi

Algodão feito no Oeste Potiguar é destaque de produção agroecológica


     O ano de 2011 começou bem para os agricultores familiares de algodão agroecológico do Oeste Potiguar. Em janeiro, a equipe da France 5, televisão pública francesa, esteve no Brasil para conhecer essa experiência de produção agroecológica de sucesso e fazer uma reportagem sobre o assunto. A iniciativa escolhida é resultado de uma parceria entre famílias de agricultores dos municípios de Umarizal, Caraúbas, Apodi e Antônio Martins e a empresa francesa Tudo Bom?.                                                                                        
   Embora o reconhecimento esteja acontecendo agora, o trabalho começou em 2002, quando agricultores parceiros da Diaconia implantaram uma Unidade Demonstrativa (UD) de algodão agroecológico, consorciado com duas culturas, milho e gergelim. A iniciativa partiu de um intercâmbio que o grupo participou no município de Tauá, no Ceará. Na localidade, era realizada uma experiência de plantio de algodão agroecológico, consorciado a diversas culturas, tais como gergelim, milho, amendoim e outras. O tímido resultado da experiência com a UD do algodão agroecológico deu um resultado positivo e foi vendido para o comércio local.                                                                             
    Em 2007, 60 famílias envolvidas no projeto de Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER), apoiado pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), cultivaram o algodão agroecológico consorciado. Porém, naquele ano, algumas famílias não obtiveram um bom resultado em virtude do excesso e, em alguns casos, da falta de chuva. Ao final de 2007, 25 famílias colheram grande parte da produção e realizaram a primeira venda para o comércio exterior, através da Empresa Francesa de Comércio Justo – Envão. Além de firmar uma relação de compra e venda mais forte, com essa venda os produtores conseguiram estabelecer uma relação comercial direta com o comprador, acabando com os atravessadores.
    Em 2008, os agricultores e agricultoras se lançaram em mais um desafio para a valorização do seu produto: conquistar o selo de Certificação Orgânica Nacional e Internacional. Esse desafio foi superado em 2009 e, desde então, os agricultores certificados mantêm relações comerciais com as empresas de comércio justo, sendo elas a Envão e a Tudo Bom?.
   Hoje essas famílias integram a Rede de Produtores de Algodão Agroecológico do Nordeste, onde participam os estados do Ceará, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Paraíba e Piauí, caminham para a organização da sua produção de algodão agroecológico e acesso ao mercado justo internacional.
   “As famílias estão vivendo um processo de amadurecimento na organização da sua produção. O valor que o produto tem no comércio justo, tem sido importante para estimulá-las no cultivo. Outro ponto positivo é que elas estão com a autoestima bastante elevada, em virtude de poderem resgatar a cultura do algodão, considerado o “ouro branco” do agricultor, antes abandonado por causa da praga do bicudo. Para o futuro há a expectativa quanto à sustentabilidade do grupo, objetivo a ser perseguido”, afirma Hesteolivia Shyrlley, técnica da Diaconia.
    A produção fortalece a agricultura familiar e possibilita que as famílias envolvidas possam aumentar a sua renda com um produto livre de agrotóxicos e sustentável. Além disso, busca-se a comercialização dos outros produtos envolvidos no consórcio.
    A Diaconia, organização que presta assistência aos produtores, considera que essa visita da televisão francesa foi muito importante para o fortalecimento desse trabalho feito pelos agricultores. “Acredito que esse processo de visibilização do trabalho com algodão agroecológico só demonstra, cada vez mais, a importância da agricultura familiar e seu importante papel na economia e na segurança alimentar de um país”, Joseílton Evangelista, Coordenador de Comunicação e Mobilização de Recursos da Diaconia.

terça-feira, 8 de março de 2011

Parabéns Cooperadas da COOPAPI

Hoje 08 de março queremos homenagear a todas as mulheres que fazem parte da história do Brasil, do RN e de modo especial das cooperadas da COOPAPI
Feliz Dia da Mulher a todas as nossas cooperadas.  
Antonia Zilma da Silva 
Doriedna Rocheli Torres da Silva Queiróz
Elma Núbia da Costa
Fátima de Lima Torres
Irenilde Oliveira de Sousa
Keliane Marcolino Rêgo Torres
Maria Eutikia Torres de Morais
Maria Jociélia da Silva Tôrres
Maria Oliveira da Silva
Maria Rosineide Marcolino Torres
Maria Santíssima Holanda Medeiros
Mirna Luciana de Morais
Ozineide Ramalho de Queiróz Oliveira
Taís Pinheiro Belém
Wanessa da Costa Rebouças Libânio

Uma historia de conquista



No dia 8 de março de 1857, operárias de uma fábrica de têxtil, situada na cidade norte americana de Nova Iorque, fizeram uma grande greve. Ocuparam a fábrica e começaram a reivindicar melhores condições de trabalho, tais como, redução na carga diária de trabalho para dez horas (as fábricas exigiam 16 horas de trabalho diário), equiparação de salários com os homens (as mulheres chegavam a receber até um terço do salário de um homem, para executar o mesmo tipo de trabalho) e tratamento digno dentro do ambiente de trabalho. A manifestação foi reprimida com total violência. As mulheres foram trancadas dentro da fábrica, que foi incendiada. Aproximadamente 130 tecelãs morreram carbonizadas, num ato totalmente desumano. Em 1908, mais de 14 mil mulheres marcharam nas ruas de Nova Iorque: reivindicaram o mesmo que as operárias no ano de 1857, bem como o direito de voto. Caminhavam com o slogan "Pão e Rosas", em que o pão simbolizava a estabilidade econômica e as rosas uma melhor qualidade de vida. Porém, somente no ano de 1910, durante uma conferência na Dinamarca, ficou decidido que o 8 de março passaria a ser o "Dia Internacional da Mulher", em homenagem as mulheres que morreram na fábrica em 1857. Mas somente no ano de 1975, através de um decreto, a data foi oficializada pela ONU (Organização das Nações Unidas).Ao ser criada esta data, não se pretendia apenas comemorar. Na maioria dos países, realizam-se conferências, debates e reuniões cujo objetivo é discutir o papel da mulher na sociedade atual. O esforço é para tentar diminuir e, quem sabe um dia terminar, com o preconceito e a desvalorização da mulher. Mesmo com todos os avanços, elas ainda sofrem, em muitos locais, com salários baixos, violência masculina, jornada excessiva de trabalho e desvantagens na carreira profissional. Muito foi conquistado, mas muito ainda há para ser modificado nesta história.

sexta-feira, 4 de março de 2011

Assembléia Prestação de Contas

Aconteceu ontem na sede COOPAPI assembléia de prestação de contas relativo ao ano de 2010.
Estiveram prestigiando o evento a Gerência do Banco do Brasil de Apodi, representado por Marcelino Holanda e Marcos Victor,a Diaconia representada por Hester-Olivia, o Presidente do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Apodi Francisco Edilson Neto,o presidente da Associação de Córrego Antonio Francisco Torres, o ex-prefeito de Apodi Dr Pinheiro Bezerra, o Secretário de Agricultura do  Município de Apodi Eron Costa.
A prestação de contas foi aprovada pela assembléia sem nenhuma ressalva.

                                
Mesa De abertura da Assembléia.
                               
Vice-Presidente Benedito Ferreira e a Presidente Fátima de Lima.

                                 
Momento da aprovação da Prestação de Contas.                                      
    

quinta-feira, 3 de março de 2011

Está acontecendo agora Assembléia da COOPAPI

Está iniciando neste momento (03-03) a Assembléia Geral Ordinária da Cooperativa Potiguar de Apicultura e Desenvolvimento Rural Sustentável - COOPAPI na sede da mesma, que irá discutir O Balanço Anual de 2010, Compra de mel 2011 e outros assuntos do interesse da categoria. Daqui há pouco mais informações. 

quarta-feira, 2 de março de 2011

Reajuste do Bolsa Família vai injetar R$ 1,3 bilhão na economia do Nordeste em 2011

    O reajuste médio de 19,4% do programa Bolsa Família, anunciado pela presidente Dilma Rousseff nesta terça-feira (1º), terá um impacto significativo na economia do Nordeste, região em que 40% das famílias dependem do benefício. Ao todo, 6,5 milhões de nordestinos recebem mensalmente a bolsa do governo federal (veja tabela abaixo) e serão diretamente beneficiados com o aumento.
    Segundo dados do Ministério do Desenvolvimento Social, o programa é destinado a famílias em situação de pobreza ou extrema pobreza e cobre 12,9 milhões de famílias em todo país -- com destinação mensal de R$ 1,2 bilhão. Desse total, o Nordeste fica com mais da metade -- R$ 642 milhões.
    De acordo com os cálculos Cícero Péricles, do professor da Universidade Federal de Alagoas e especialista em economia popular, o reajuste anunciado pelo governo federal vai injetar R$ 130 milhões mensais a mais na economia nordestina a partir de março e R$ 1,3 bilhão até o fim de 2011.
     Segundo ele, o Nordeste será a região que sentirá o maior impacto do reajuste, já que mais de 50% dos beneficiários do programa estão na região. "No Nordeste, os beneficiários do Bolsa Família são 6,5 milhões de famílias, num universo total de 16,6 milhões [segundo dados do governo federal de 2009]. Com esse aumento, o consumo reprimido desses beneficiários, como o conserto da bicicleta que estava quebrada, ou a compra daquela camisa nova, entra em cena", disse.
ESTADOFAMÍLIASVALOR MENSAL
ALAGOAS418.75340.994.637,00
BAHIA1.652.339160.542.593,00
CEARÁ1.042.914100.222.291,00
MARANHÃO895.23992.138.744,00
PARAÍBA471.85145.450.954,00
PERNAMBUCO1.094.847105.330.222,00
PIAUÍ438.05842.576.931,00
RIO GRANDE DO NORTE339.01232.039.880,00
SERGIPE239.63623.496.634,00
NORDESTE6.592.649642.792.886,00
  • Fonte: MDS, março de 2011. Dados ainda sem o reajuste
 Para Péricles, os setores da microeconomia da região devem ser diretamente beneficiados com o reajuste, em especial a alimentação -- o que deve gerar um aumento nas compras de itens básicos dos nordestinos mais pobres.
    " Esse dinheiro terá impacto relativo no setor de comércio e serviços das áreas populares, nas feiras livres, nos mercadinhos e pontos de comercialização desses itens básicos. As próximas pesquisas sobre o consumo no varejo, a Pesquisa Mensal do Comércio, do IBGE, deverão, com certeza, captar a influência desse aumento nas vendas do varejo dos estados nordestinos", afirmou.

Segunda maior fonte de renda

     O economista Cícero Péricles afirma que o programa Bolsa Família é hoje a segunda fonte maior de renda dos nordestinos, atrás apenas da Previdência Social -- que cobre 7,7 milhões de pessoas na região, pagando R$ 4,9 bilhões todos os meses.
     "No Nordeste, o peso combinado destes dois pagamentos mensais é muito grande. Como quase todos beneficiários do INSS têm família, pode-se dizer que, no Nordeste, 80% da população dependem desses recursos federais para tocar o cotidiano. Interessante notar que mais da metade dos pagamentos do INSS são destinados à clientela rural, que é a parte mais pobre da região. Na economia nordestina, nenhum setor produtivo, nenhum segmento -- agrícola ou industrial -- gera uma renda tão expressiva como esses pagamentos", disse.
     A presidente anunciou o reajuste durante visita ao município de Irecê, no sertão da Bahia. Com o anúncio, o benefício médio passa de R$ 96 para R$ 115 já a partir deste mês. Apesar da média ficar em 19,4%, o aumento chega a até 45,5% para os benefícios pagos aos beneficiários com até 15 anos de idade. O reajuste médio foi 8,7% superior à inflação acumulada no período.

Previsão é de inverno rigoroso para RN


O alerta foi comunicado durante a audiência pública que aconteceu, nesta manhã, na Assembléia Legislativa sobre os riscos de enchentes. Segundo o meteorologista da Emparn, Gilmar Bistrot, no RN as chuvas serão acima do normal e que teremos um inverno rigoroso, como em 2009, que deixaram milhares de desabrigados em várias regiões, destruíram pontes e estradas e cidades alagadas. “Evidenciamos nos últimos 15 dias aquecimento das águas do Atlântico Sul e um esfriamento nas águas do Atlântico Norte, o que garante chuvas fortes”, disse.
FONTE: http://www.thaisagalvao.com.br

MDS seleciona entidades sociais para doação de carro e ônibus

Produtos, apreendidos pela Receita Federal, poderão ser destinados a projetos de inclusão produtiva de beneficiários de programas sociais
Até o próximo dia 18 de março, instituições públicas e privadas sem fins lucrativos de qualquer lugar do País podem se inscrever para concorrer aos editais de doação de um carro e um ônibus. Os interessados devem elaborar projetos na área de inclusão produtiva, voltado ao público beneficiário dos programas sociais do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), preferencialmente os inscritos no Cadastro Único.
Os projetos deverão ser submetidos à Secretaria de Articulação para Inclusão Produtiva (Saip), contemplando todas as especificações constantes nos editais, para análise da Comissão de Doações Fome Zero, composta por servidores do MDS. O processo ocorrerá conforme os procedimentos e critérios descritos no portal do Fome Zero (www.fomezero.gov.br).
Os dois veículos disponíveis por meio do edital são originários de apreensões da Receita Federal e estão armazenados nos municípios de Ponta Grossa Apucarana, no Paraná.
As propostas devem ser enviadas, impreterivelmente, até 18 de março, pelos correios, com o requerimento de doação, declaração de uso do veículo e declaração de uso geral devidamente preenchidos.
Fonte: Ascom/MDS

Café com deputados federais contou com 50 participantes

O Café da Manhã do Cooperativismo Solidário, promovido hoje pela Unicafes (União Nacional das Cooperativas da Agricultura Familiar e Economia Solidária), se encerrou com um saldo positivo nesta manhã. A pauta apresentada aos parlamentares contou com diversos pontos importantes ao cooperativismo solidário. Como em anos anteriores, várias demandas se repetem pelo entrave que há principalmente no Congresso. O Objetivo foi aproximar os deputados das necessidades do cooperativismo solidário, sensibilizando-os para o trabalho que deve ser feito em prol de milhões de agricultores familiares e empreendedores da economia solidária.
FONTE: Boletim da UNICAFES/NACIONAL

terça-feira, 1 de março de 2011

Breve Histórico do Cajueiro


Segundos estudiosos a origem brasileira do cajueiro é um fato; o  litoral  nordestino é tido como centro de origem e dispersão do cajueiro comum, e Amazônia  do cajueiro precoce. A planta está difundida pela América do Sul, América Central, África, Ásia; a partir de 1985 destacaram-se a Índia, Brasil, Moçambique, Tanzânia e Quênia como principais produtores de castanhas no mundo. No Brasil a  quase totalidade da produção de castanhas situa-se nos estados do Ceará, Piauí e Rio Grandes do Norte.

Internamente o Brasil consome pedúnculos do fruto,  amêndoa da castanha e líquido da castanha; a comercialização da safra (1986) tem início 3 a 4 meses antes da colheita (castanha crua e pedúnculo). O Brasil exporta liquido da castanha (LCC) (quase toda a produção) e amêndoa da castanha (ACC) também quase a totalidade da sua produção. Ceará (principalmente) e Rio Grande do Norte foram os maiores exportadores.

O cajueiro é encontrado praticamente em todos os estados brasileiros, contudo adapta-se melhor às condições ecológicas do litoral do Nordeste. Existe no País uma tradição de aproveitamento do pedúnculo ou falso-fruto do cajueiro que reside na transformação em produtos variados como sucos, sorvetes, doces diversos (compota, cristalizado, ameixa, massa), licor, mel, geléias, cajuína, refrigerantes gaseificados e aguardente. Há relatos de alguns desses produtos que datam do século XVII.  

Apesar do Brasil ser o berço do cajueiro e de as missões colonizadoras encontrarem o indígena brasileiro utilizando essa espécie para diversos fins, a exploração do cajueiro com finalidade econômica, durante alguns séculos, ficou restrita ao consumo local, nas zonas produtoras. A  espécie que é cultivada principalmente nos estados do Nordeste, distinguindo-se o Ceará como o maior produtor, não teve destaque na economia nordestina, e nem mesmo na cearense, antes das quatro primeiras décadas do século XX.  

Até o início da década de 50, a produção de castanha (fruto verdadeiro) era essencialmente extrativa. As primeiras tentativas para estabelecer plantios de 7cajueiro com fins comerciais foram efetuadas no município de Pacajus, no Ceará. Nesse município, no Campo Experimental de Pacajus, então pertencente ao Ministério da Agricultura, em 1956,  o governo federal instalou uma coleção de matrizes de cajueiro para pesquisa agronômica. 

Posteriormente, a introdução de plantas de cajueiro anão precoce nesse campo  experimental, originadas de uma população natural do município cearense de Maranguape, é hoje considerada o marco histórico do melhoramento genético dessa espécie.  

O melhoramento utilizado no cajueiro anão precoce no Brasil teve início em 1965 no Campo Experimental de Pacajus. Constou de uma seleção fenotípica individual, seguida do controle anual da produção nas plantas selecionadas. Essa metodologia, embora simples e de ganhos genéticos esperados reduzidos, permitiu o lançamento comercial dos clones CCP 06 e CCP 76, em 1983, e CCP 09 e CCP 1001, em 1987, que são ainda os principais clones comerciais disponíveis.  

Fonte:  "Cajueiro Anão Precoce - Melhoramento genético: estratégias e perspectivas" - Levi de Moura Barros, João Rodrigues de Paiva e José Jaime Vasconcelos Cavalcanti (Artigo publicado na revista Biotecnologia, n. 6, 1998).