A educação no campo foi o tema principal do primeiro dia da Oficina Juventude Rural e o Direito à Educação do Campo. Cerca de 50 jovens de todo o Brasil estão em Brasília para debater o futuro do ensino no rural brasileiro. O Conselho Nacional de Juventude, em parceira com o Comitê Permanente de Juventude Rural do Condraf, promove a oficina, que se encerra nesta quinta-feira (05).
Pela manhã, os jovens avaliaram os desafios para a garantia do direito à educação para a juventude camponesa. “Houve uma reflexão sobre o acesso ao ensino e temos muito a melhorar, quando comparado ao urbano. A procura tem crescido, mas precisamos continuar tendo atenção com esse segmento”, afirmou a assessora especial para juventude rural do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), Ana Carolina Silva.
Representantes do Incra e do Ministério da Educação apresentaram aos jovens presentes avanços e estratégias futuras das políticas governamentais em relação à juventude rural e educação no campo Os programas Nacional de Educação na Reforma Agrária (Pronera), o Nacional de Educação do Campo (Pronacampo) e Nacional de Inclusão de Jovens do Campo (ProJovem Campo) foram detalhados pelos expositores para incentivar um debate sobre a necessidade de melhorias do ensino no meio rural.
“É importante termos a opinião deles para formular políticas públicas direcionadas ao fortalecimento da educação e acompanhar as boas experiências dos movimentos sociais, que vêm com ideias interessantes para desenvolver a educação no campo e torná-la universal”, avaliou Ana Carolina.
Diferencial
Representante dos povos indígenas na oficina, Francisca Marciane Menezes, 21 anos, saiu de Caucaia (CE) esperando voltar com boas notícias para sua comunidade. Segundo a indígena, falta um pouco mais de atenção para sua comunidade. “Às vezes, a política demora a chegar lá na ponta, e eu vim lutar por isso. Esses programas precisam chegar a comunidades indígenas”, ponderou.
Marciane, como gosta de ser chamada, cursou todo o colegial e parou no ensino médio. Ela afirma que esse é seu diferencial em relação aos colegas. “Eu tinha que me deslocar para a cidade, não tinha escola indígena. O estudar é fundamental para saber o que queremos”, garantiu a jovem.
A Oficina Juventude Rural e o Direito à Educação do Campo termina, nesta quinta-feira (05), com a formação de grupos de trabalho. O objetivo dos grupos é formular proposições estratégicas para assegurar o direito do jovem à educação.
Texto copiado do MDA
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