domingo, 1 de setembro de 2019

Aplicativo rastreia itens produzidos pela agricultura familiar do RN.

A ferramenta identifica e fornece informações, como origem e composição dos produtos. Os compradores podem verificar esses apenas escaneando um QR Code.




Imagine comprar um pacote de castanhas de caju processadas e, no mesmo instante, ficar sabendo onde as amêndoas foram beneficiadas, a composição centesimal e demais substâncias acrescidas após o processamento. Isso é o que promete um aplicativo que é voltado para rastrear os itens da agricultura familiar. A ferramenta ajuda as empresas a identificarem os produtos da agricultura familiar, a sua composição e o local em que foram produzidos. O app funciona com uso da câmera do smartphone para escanear o QR Code disponível nos produtos e assim obter as informações sobre o rastreamento.
O aplicativo foi apresentado na quarta-feira (28) durante o lançamento do Programa de Rastreamento de Produtos da Central de Comercialização da Agricultura Familiar e Economia Solidária do RN (CECAFES), desenvolvido pela Superintendência Federal da Agricultura e o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Rio Grande do Norte (MAPA-RN) em parceria com o Sebrae e outras instituições. 
O programa é denominado PRORACE. “Precisamos cada vez mais seguir pelo caminho da inovação para buscar sempre soluções que facilite o trabalho do agricultor. E essa ferramenta tecnológica é muito importante para proporcionar essa condição como também trazer para quem consome um benefício alimentar”, destacou o diretor Técnico do Sebrae-RN, João Hélio Cavalcante participou do lançamento do PRORACE e discursou sobre a importância da tecnologia no processo de produção da agricultura familiar. Dados da Secretária Especial de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário (SEAD), apontam que 70% dos alimentos que consumimos em nossas casas provem da produção agrícola familiar, portanto é preciso ter o cuidado com a procedência do produto. De acordo com a coordenadora da Cooperativa Central da Agricultura no Rio Grande do Norte (COOAFARN), Fátima Torres, o aplicativo vai possibilitar o controle do uso de produtos químicos nos alimentos.
Isso porque, com a rastreabilidade, será possível identificar como foi o processo de produção do alimento, desde a área plantada até a etapa final, assim como, verificar os procedimentos que foram aplicados no manejo da cultura. Isso acaba incentivando o produtor a executar as boas práticas agrícolas que vão influenciar na qualidade do produto, por exemplo: Análise da água que é usada no cultivo e o uso ou não de agrotóxicos. “O programa vai aproximar quem produz de quem consome, facilitar a relação dos agricultores com os consumidores, além disso vai estar fornecendo as pessoas alimentos mais saudáveis”, essalta Fátima Torres sobre a contribuição dessa nova iniciativa.
A agricultura familiar está entre as atividades geradoras de renda no Rio Grande do Norte e, por isso, o Sebrae tem apoiado iniciativas para o fortalecimento dessa cadeia produtiva. São mais de 1300 famílias de agricultores cooperados que interagem direta ou indiretamente com esse ambiente de negócios. O consultor de Associativismo e Cooperativismo do Sebrae, Magno Gustavo Fonseca, foi um dos que contribuíram para o desenvolvimento do aplicativo.
A ideia partiu das dificuldades enfrentadas por esses produtores na comercialização e comentou que a intenção dessa nova tecnologia é solucionar esses desafios. Conforme ele essa inclusão digital vai contribuir para a postura empreendedora do agricultor familiar, em que muitos são vistos apenas como produtores que produzem alimentos para sua própria subsistência, mas que no cenário atual o empreendedorismo está avançando, por isso necessitam utilizar dessa inovação para crescer como produtor e também gerar um ambiente transformador seguindo o tripé da agricultura (Multifuncionalidade, Pluriatividade e Sustentabilidade Territorial).
O programa também vai oferecer capacitação para os agricultores ministradas pelo Sr. Roberto Papa, Superintendente do Ministério de Agricultura-RN e por Hanna Dantas, da Hd Quality Consultoria, com FSMA (FDA-EUA) numa parceria, por meio da Universidade de Cornell, fazendo com que os produtores potiguares ganhem o status de capacitados até para exportação de suas produções.

Fonte: Agência SEBRAE de notícias.













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