No mês em que se completam 25 anos da morte da líder sindical paraibana Margarida Alves*, o “Prêmio Margarida Alves de Estudos Rurais e Gênero” abre as inscrições para sua terceira edição. A proposta do concurso é estimular a produção de pesquisas no campo das Ciências Sociais, Humanas e Agrárias, além de registrar experiências e memórias das trabalhadoras rurais.
Promovido pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), por meio do Programa de Promoção da Igualdade de Gênero, Raça e Etnia (PPIGRE), do Núcleo de Estudos Agrários e Desenvolvimento Rural (NEAD), do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), por meio da Coordenação-Geral de Educação do Campo e Cidadania da Diretoria de Desenvolvimento de Projetos de Assentamento, em parceria com a Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres (SPM), Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCT), Associação Brasileira de Antropologia (ABA), Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Ciências Sociais (Anpocs), Sociedade Brasileira de Sociologia (SBS) e movimentos sociais de mulheres trabalhadoras rurais (CNMTR/Contag, MMC, MMTR/NE, MIQCB, FETRAF-Brasil, SME/CNS, Setor de Gênero/MST, Setor de Gênero/MPA) o Prêmio também busca contribuir para a formulação de políticas públicas, por meio do desenvolvimento do pensamento crítico e prático a respeito do tema da trabalhadora rural.
* Modalidades
Ensaio Acadêmico: Busca estimular a produção de ensaios acadêmicos em nível de graduação sobre Gênero, Educação e Desenvolvimento Rural Sustentável e Solidário e contribuir para a formulação de políticas públicas de educação do campo e na reforma agrária, encorajando a participação de acadêmicos/as nesse processo.
Pesquisa-Ação: Busca estimular ações de promoção da igualdade entre homens e mulheres na comunidade escolar mediante o apoio financeiro para execução dos melhores projetos a serem desenvolvidos por educandos e educandas dos Cursos de Nível Médio do Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária (Pronera/Incra) e premiando os melhores projetos executados, tendo como Eixo Temático: Gênero, Educação e Desenvolvimento Rural Sustentável e Solidário. Serão apoiados projetos que estabeleçam interfaces entre os(as) educandos(as) do Pronera, as escolas de ensino regular dos assentamentos e/ou comunidades rurais. Poderão ser apoiados projetos cujo objetivo e/ou metodologia envolva trabalho de pesquisa e/ou lúdico, e/ou cultural, tais como: mostra fotográfica, teatro, registro sobre a participação e luta das mulheres na comunidade local, produção audiovisual e/ou musical, dentre outros.
Memória e Acervo: Busca estimular a produção de acervos representativos da memória coletiva, do patrimônio cultural e identitário das mulheres do campo, bem como promover o registro de relatos de experiências e memórias das trabalhadoras rurais. Desse modo, visa promover o desenvolvimento de ações fortalecedoras do tema, contribuindo para a formulação de políticas públicas e estimulando a participação das entidades representativas das(os) agricultoras(es) nesses processos.
Pesquisa em nível de pós-graduação: busca apoiar a produção de estudos e pesquisas em nível de pós-graduação sobre gênero e desenvolvimento rural e contribuir para a formulação de políticas públicas para o campo. Essa modalidade é realizada numa parceria entre MDA, SPM e o CNPq/MCT, por meio de edital.
* Habilitação
Modalidade Ensaio Acadêmico: Exclusiva para estudantes de graduação e/ou graduados/as em cursos das áreas de Ciências Humanas, Sociais, Agrárias e afins.
Modalidade Pesquisa-Ação: Exclusiva para educandos e educandas, organizados em equipes ou turmas regularmente matriculados nos cursos formais de nível médio do Pronera, sob a coordenação de um(a) educador(a) do Pronera, ou outro profissional de nível superior que atue no assentamento e/ou comunidade rural envolvida no projeto.
Modalidade Memória e Acervo: Mulheres trabalhadoras rurais, lideranças de comunidades ou organizações de trabalhadoras rurais.
Modalidade Pesquisa em nível de pós-graduação: Pesquisadores(as) e/ou núcleos de pesquisa universitários em nível de pós-graduação.
* Temas
As propostas das distintas modalidades deverão abordar as relações de Gênero e o Desenvolvimento Rural Sustentável e Solidário nos seguintes contextos: agricultura familiar; reforma agrária; comunidades tradicionais; políticas públicas; movimentos sociais; meios de comunicação comunitários; educação básica, fundamental e de ensino superior; direitos sexuais e reprodutivos; meio ambiente e agroecologia; violência contra a mulher.
* Inscrições
O período de inscrição para cada modalidade é:
Modalidade Memória e Acervo (1ª etapa): até 31/10/2008
Modalidade Pesquisa - Ação (1ª etapa): até 31/01/2009
Modalidade Ensaio Acadêmico: até 31/01/2009
O Edital Pesquisa em nível de pós-graduação será lançado junto ao CNPq.
* Mulher lutadora
Margarida Alves nasceu em 5 de agosto de 1943, em Alagoa Grande, na Paraíba. Em 1973, foi eleita presidente do Sindicato Rural local, função que exerceu sucessivamente até 1982. A sindicalista lutava pela defesa dos direitos dos trabalhadores e das trabalhadoras do campo, pelo décimo terceiro salário, o registro em carteira profissional, a jornada diária de oito horas e as férias obrigatórias. Foi uma das fundadoras do Centro de Educação e Cultura do Trabalhador Rural, cuja finalidade é, até hoje, contribuir no processo de construção de um modelo de desenvolvimento rural e urbano sustentável, a partir do fortalecimento da agricultura familiar. Durante seus 12 anos dentro do sindicato foram movidas mais de 600 ações trabalhistas contra os usineiros e senhores de engenho da região da Paraíba.
Sua atuação e liderança produziram grande repercussão, atraindo o ódio de latifundiários locais. Em 12 de agosto de 1983, Margarida Alves foi covardemente assassinada com um tiro no rosto, na frente de seu filho de 10 anos de idade. Dos cinco acusados de serem os mandantes do crime, apenas dois foram julgados e absolvidos.
Promovido pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), por meio do Programa de Promoção da Igualdade de Gênero, Raça e Etnia (PPIGRE), do Núcleo de Estudos Agrários e Desenvolvimento Rural (NEAD), do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), por meio da Coordenação-Geral de Educação do Campo e Cidadania da Diretoria de Desenvolvimento de Projetos de Assentamento, em parceria com a Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres (SPM), Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCT), Associação Brasileira de Antropologia (ABA), Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Ciências Sociais (Anpocs), Sociedade Brasileira de Sociologia (SBS) e movimentos sociais de mulheres trabalhadoras rurais (CNMTR/Contag, MMC, MMTR/NE, MIQCB, FETRAF-Brasil, SME/CNS, Setor de Gênero/MST, Setor de Gênero/MPA) o Prêmio também busca contribuir para a formulação de políticas públicas, por meio do desenvolvimento do pensamento crítico e prático a respeito do tema da trabalhadora rural.
* Modalidades
Ensaio Acadêmico: Busca estimular a produção de ensaios acadêmicos em nível de graduação sobre Gênero, Educação e Desenvolvimento Rural Sustentável e Solidário e contribuir para a formulação de políticas públicas de educação do campo e na reforma agrária, encorajando a participação de acadêmicos/as nesse processo.
Pesquisa-Ação: Busca estimular ações de promoção da igualdade entre homens e mulheres na comunidade escolar mediante o apoio financeiro para execução dos melhores projetos a serem desenvolvidos por educandos e educandas dos Cursos de Nível Médio do Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária (Pronera/Incra) e premiando os melhores projetos executados, tendo como Eixo Temático: Gênero, Educação e Desenvolvimento Rural Sustentável e Solidário. Serão apoiados projetos que estabeleçam interfaces entre os(as) educandos(as) do Pronera, as escolas de ensino regular dos assentamentos e/ou comunidades rurais. Poderão ser apoiados projetos cujo objetivo e/ou metodologia envolva trabalho de pesquisa e/ou lúdico, e/ou cultural, tais como: mostra fotográfica, teatro, registro sobre a participação e luta das mulheres na comunidade local, produção audiovisual e/ou musical, dentre outros.
Memória e Acervo: Busca estimular a produção de acervos representativos da memória coletiva, do patrimônio cultural e identitário das mulheres do campo, bem como promover o registro de relatos de experiências e memórias das trabalhadoras rurais. Desse modo, visa promover o desenvolvimento de ações fortalecedoras do tema, contribuindo para a formulação de políticas públicas e estimulando a participação das entidades representativas das(os) agricultoras(es) nesses processos.
Pesquisa em nível de pós-graduação: busca apoiar a produção de estudos e pesquisas em nível de pós-graduação sobre gênero e desenvolvimento rural e contribuir para a formulação de políticas públicas para o campo. Essa modalidade é realizada numa parceria entre MDA, SPM e o CNPq/MCT, por meio de edital.
* Habilitação
Modalidade Ensaio Acadêmico: Exclusiva para estudantes de graduação e/ou graduados/as em cursos das áreas de Ciências Humanas, Sociais, Agrárias e afins.
Modalidade Pesquisa-Ação: Exclusiva para educandos e educandas, organizados em equipes ou turmas regularmente matriculados nos cursos formais de nível médio do Pronera, sob a coordenação de um(a) educador(a) do Pronera, ou outro profissional de nível superior que atue no assentamento e/ou comunidade rural envolvida no projeto.
Modalidade Memória e Acervo: Mulheres trabalhadoras rurais, lideranças de comunidades ou organizações de trabalhadoras rurais.
Modalidade Pesquisa em nível de pós-graduação: Pesquisadores(as) e/ou núcleos de pesquisa universitários em nível de pós-graduação.
* Temas
As propostas das distintas modalidades deverão abordar as relações de Gênero e o Desenvolvimento Rural Sustentável e Solidário nos seguintes contextos: agricultura familiar; reforma agrária; comunidades tradicionais; políticas públicas; movimentos sociais; meios de comunicação comunitários; educação básica, fundamental e de ensino superior; direitos sexuais e reprodutivos; meio ambiente e agroecologia; violência contra a mulher.
* Inscrições
O período de inscrição para cada modalidade é:
Modalidade Memória e Acervo (1ª etapa): até 31/10/2008
Modalidade Pesquisa - Ação (1ª etapa): até 31/01/2009
Modalidade Ensaio Acadêmico: até 31/01/2009
O Edital Pesquisa em nível de pós-graduação será lançado junto ao CNPq.
* Mulher lutadora
Margarida Alves nasceu em 5 de agosto de 1943, em Alagoa Grande, na Paraíba. Em 1973, foi eleita presidente do Sindicato Rural local, função que exerceu sucessivamente até 1982. A sindicalista lutava pela defesa dos direitos dos trabalhadores e das trabalhadoras do campo, pelo décimo terceiro salário, o registro em carteira profissional, a jornada diária de oito horas e as férias obrigatórias. Foi uma das fundadoras do Centro de Educação e Cultura do Trabalhador Rural, cuja finalidade é, até hoje, contribuir no processo de construção de um modelo de desenvolvimento rural e urbano sustentável, a partir do fortalecimento da agricultura familiar. Durante seus 12 anos dentro do sindicato foram movidas mais de 600 ações trabalhistas contra os usineiros e senhores de engenho da região da Paraíba.
Sua atuação e liderança produziram grande repercussão, atraindo o ódio de latifundiários locais. Em 12 de agosto de 1983, Margarida Alves foi covardemente assassinada com um tiro no rosto, na frente de seu filho de 10 anos de idade. Dos cinco acusados de serem os mandantes do crime, apenas dois foram julgados e absolvidos.
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