quarta-feira, 28 de outubro de 2009

USO CORRETO DO SOLO E AGROENERGIA DOMINAM TERCEIRO DIA

O terceiro dia do XXVI Congresso Brasileiro de Agronomia - CBA 2009, que está sendo realizado em Gramado, na serra gaúcha, começou com a conferência "O uso da terra frente às atuais e futuras necessidades mundiais". O norte-americano John Murdock, responsável na década de 60 pela elaboração do Projeto de Recuperação da Fertilidade do Solo do Rio Grande do Sul - denominado Operação Tatu, abordou as práticas de recuperação de áreas degradadas.


Segundo o conferencista, a finalidade do projeto era incrementar a produtividade das lavouras. "Usávamos adubação e práticas cultivares corretas para cada região", exemplificou. "Chegamos a aumentar o rendimento do milho em sete vezes e o da soja em cinco vezes", afirmou. Conforme Murdock, naquela época os solos eram muito ácidos e com deficiência de nutrientes. O projeto foi um sucesso e acabou sendo expandido para outros estados.

A agroenergia voltou a ser destaque no CBA nesta quinta-feira. O assessor da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, Décio Luiz Gazzoni, afirmou que o mundo precisa investir em energias renováveis, pois as fósseis são finitas. "Novas reservas de petróleo serão cada vez mais raras", frisou.

O gerente executivo da diretoria de Agronegócio Banco do Brasil, Luiz Antônio Correa, acredita que o Brasil está no caminho certo, pois, apesar do petróleo ainda dominar, 46,3% da energia gasta no país é renovável. "Já somos a matriz mais limpa do mundo", destacou.

Já o diretor executivo da Associação Nacional de Defesa Vegetal - ANDEF, José Otávio Menten, abordou "A importância de novos produtos fitossanitários na sustentabilidade na agricultura". Conforme ele, o Brasil faz o uso correto de defensivos agrícolas e tem uma posição de destaque no mercado mundial. "Gastamos por hectare muito menos do que a França e o Japão, por exemplo". Para Menten, isto mostra a boa tecnologia nacional e aumenta a competitividade dos produtos agrícolas brasileiros para exportação.

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