A segunda etapa da campanha contra a febre aftosa deste ano já começou na Bahia. Até 30 de novembro, os pecuaristas devem imunizar 10,5 milhões de bois e búfalos contra a doença. “A estratégia é aplicar a dose em todos os animais em maio e em novembro. Só assim podemos evitar a ocorrência do vírus no rebanho, caso seja reintroduzido no Brasil”, explica o chefe do Serviço de Saúde Animal, Edivaldo Santana. A abertura oficial da campanha foi antecipada e ocorreu em 22 de outubro, no município de Vitória da Conquista.
Nos 417 municípios baianos, cerca de 265 mil propriedades rurais trabalham com bovinos. As ações de vacinação contra a aftosa serão intensificadas em áreas indígenas, assentamentos e na zona de proteção, na divisa com Pernambuco, Piauí e Tocantins. A Bahia e Sergipe são os únicos estados do Nordeste reconhecidos pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) como áreas livres de febre aftosa com vacinação (Veja mapa com classificação), assim como todo o Sudeste, Centro-Oeste, Acre, Rondônia, Centro-Sul do Pará (44 municípios), Tocantins, Paraná e Rio Grande do Sul. O único estado que não vacina mais o rebanho é Santa Catarina.
Na primeira fase da vacinação, a cobertura foi de 97,6% dos animais baianos. Agora, a expectativa é superar esse índice. “A imunização é decisiva para mantermos o status, já que não registramos casos da doença desde 1997”, afirma Edivaldo Santana. Para divulgar a campanha, a defesa agropecuária estadual preparou cartazes, faixas e anúncios em rádios e televisão.
Feira de Santana e Itapetinga têm as maiores criações do estado, com grandes empresas de laticínios instaladas. Já o gado de corte está mais concentrado no Sul da Bahia. O pecuarista tem até 15 de dezembro para entregar o comprovante de vacinação em uma das 71 Unidades Veterinárias Locais ou nos Escritórios de Atendimento à Comunidade, que somam 334 unidades, atendendo a praticamente todos os municípios. (Leilane Alves)
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