segunda-feira, 24 de novembro de 2008

BENEFICIAMENTO DA CASTANHA E CAJU MUDA REALIDADE ECONÔMICA DE COMUNIDADE EM APODI


Márcio Morais
Especial para GAZETA DO OESTE

APODI - A Associação de Miniprodutores de Córrego e Sítios Reunidos (AMPC), criada em 10 de novembro do ano 1991, na comunidade de Córrego, a 10km da sede do município de Apodi/RN, já é motivo de orgulho para os moradores da localidade e até mesmo para o meio rural apodiense.

Com forte atuação no campo da cajucultura, a entidade gera dezenas de empregos de forma direta e indireta no beneficiamento da castanha de caju, que depois de beneficiada é comercializada no mercado apodiense e outros municípios e Estados. Segundo o tesoureiro da associação, Ismael Souza, o objetivo da entidade é de agregar valor aos produtos produzidos em sua comunidade. Ainda de maneira artesanal são desenvolvidos vários trabalhos no Córrego como a cajuína, doce de caju, amêndoas de castanha de caju e outros derivados do caju que hoje gera emprego e renda aos moradores.

Antes toda a produção da castanha e do caju da região do Córrego era
comprada por atravessadores, mas hoje a Associação de Miniprodutores de Córrego e Sítios Reunidos (AMPC) compra toda a produção e beneficia sua pequena fábrica. Diante das mudanças os sócios tiveram que acompanhar o aumento da demanda da produção e a necessidade de se produzir com mais qualidade e sem prejudicar o meio ambiente e por estarem mais organizados socialmente, onde participaram de várias capacitações na área de cajucultura, como: cooperativismo, manejo do cajueiro, beneficiamento de castanha, comercialização, gestão ambiental, administração e outros. Após essas capacitações a comunidade foi beneficiada com um projeto do Governo Federal, de Revitalização das Minifábricas do Rio Grande do Norte. Foi trabalhado através de um levantamento das necessidades da região e comprovado que os produtores necessitavam de agregar valor aos produtos. A região do Córrego, que é formada por várias sítios, tem uma área produtiva de 2.230,5 ha de cajueiros produtivos, e que os 100 associados são também produtores. De acordo com Ismael Souza, no ano de 2003 a Associação foi contemplada com 1 estrutura para beneficiamento de castanha com novos equipamentos, com recursos da Fundação Banco do Brasil, como apoio de parceiros que compõem o projeto: Sebrae/RN, Conab, Emater/RN, Embrapa, Emparn, Prefeitura Municipal, comunidade e outros.

"Esse projeto ampliou a credibilidade do associativismo através da comunidade. O mesmo divide-se em várias etapas: manutenção, acompanhamento, financiamento ao produtor através do DRS - Desenvolvimento Regional Sustentável e dentro deste projeto a comunidade também ganhou uma Mini-Estação Digital que está em fase de execução", comentou Ismael Souza.

Hoje os sócios produzem com qualidade higiênica sem prejudicar o meio ambiente, obedecendo aos padrões que o mercado exige com responsabilidade ambiental, sanitária e social.

Atualmente a Associação participa do projeto de Doação Simultânea pela Conab, em parceria com a Mesa Brasil do Governo Federal, Compra Direta Local, além de participar de feiras e eventos da agricultura familiar e está em discussão com o MDA - Ministério do Desenvolvimento Agrário e Banco Mundial para uma possível exportação de amêndoas nos próximos meses.

A Minifábrica de Córrego que pertence a Associação produz atualmente 1.300 kg de amêndoa/mês, gerando renda para os 78 sócios existentes.



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