quinta-feira, 9 de agosto de 2018

Fungo prejudica colheita do caju no Distrito de Córrego e região no município de Apodi RN








Fotos e vídeo: Engenheiro Agrônomo Wedson Tôrres

As atividades da cajucultura no Distrito de Córrego, município de Apodi, onde se encontra uma grande quantidade de cooperados da COOPAPI, tem enfrentado dificuldades nas últimas semanas, com ocorrência de doenças nas plantas e ressecamento das flores e principalmente com rachaduras e ressecamento dos frutos. Os produtores afirmam que um dos fatores agravantes podem ser as chuvas extemporâneas (fora de época), e associam a doença ao frio, relâmpagos ou a possíveis eclipses na Lua.

O engenheiro Agrônomo e produtor Tertulino, afirma que: “O produtor faz a associação às características climáticas e não está errado em associar o fungo ao frio, pois o mesmo possui uma capacidade extraordinária de multiplicação em temperaturas altas durante o dia e umidade relativa alta durante a noite que propicia as condições favoráveis ao seu desenvolvimento” e conclui dizendo que a única forma para os produtores se sobressair sobre essa doença seria utilizar clones mais resistentes como o BRS 226 e o CCP 76 e por fim utilizar o fungicida que ele considera mais eficaz, a saber, o fungicida nativo. Essa mesma afirmação de Tertulino foi repetida e reforçada pelo Engenheiro agrônomo, Advogado colaborador na lei de criação da câmara técnica da cajucultura no estado e produtor de caju Elano Gomes.

O oídio é uma doença causada por fungo que, nos cajueiros, provoca manchas escuras nas folhas, que lembram manchas de cinza vegetal, em geral, em torno da nervura principal. As manchas são mais frequentes na face superior das folhas. Essas manchas vão-se unindo e recobrindo toda a superfície do limbo, como um revestimento de polvilho branco-acinzentado. A evolução do crescimento do fungo propicia o escurecimento das manchas. Vale ressaltar que até pouco tempo a doença era considerada secundária pelos produtores de caju, no entanto nos últimos anos ela vem provocando graves perdas para o produtor afetando a produção de amêndoa e do pseudofruto (pedúnculo).

O produtor de caju Zé de Manoel Pedro como assim gosta de ser chamado, afirma que: “a doença tem prejudicado seu quintal produtivo de caju irrigado que lhe concede uma boa renda anual e que com os cajus rachados por consequência da doença fica inviável para a comercialização na “Budega TerraFirme” da COOPAPI, que é onde ele escoa parte de sua produção”. 

Para o controle do oídio, a EMPARN- Empresa de pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte, Recomenda-se pulverizar as plantas preventivamente no inicio do ataque, empregando enxofre com água (calda) sendo 500-600g de enxofre por 100 litros de água (Cartilha 09-Cajueiro: vivendo e aprendendo, EMPARN,2013).

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